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domingo, 2 de julho de 2017

O que a Bíblia diz sobre: Idolatria

E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos; Atos 17:22

Para analisarmos o assunto vamos responder algumas perguntas:
Porque o apóstolo Paula chamaria aqueles cidadãos de supersticiosos?
O que é superstição?
Será se hoje as pessoas estão diferentes daquela época?
O que diferencia a fé de superstição?
O que superstição tem a ver com idolatria?

Quando não ficamos presos a um verso apenas fica fácil analisar e compreender a Bíblia, desde que peçamos também sabedoria da parte de Deus, lembrando sempre que todo texto tem um contexto!
E texto sem contexto é pretexto para heresias...

A nossa primeira resposta vem no verso seguinte:

Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu vos anuncio.
Não é necessário ter um altar escrito ao Deus desconhecido para sabermos que as pessoas buscam um Deus que não conhecem. Afinal, pensa-se que o Criador mora dentro de um "templo de tijolos", ou ainda, que Ele salva apenas quem faz determinadas coisas, ou pior ainda, que para ser salvo devemos pagar um determinado valor para Ele (através do seu preposto sacerdote terreno)... Inocência ou tolice, não sei - um pouco de leitura simétrica faria muito bem!

Afinal, a superstição é definida como crença ou noção sem base na razão ou no conhecimento, que leva a criar falsas obrigações, a temer coisas inócuas, a depositar confiança em coisas absurdas. O salmista define bem superstição quando fala dos ídolos:

"Os ídolos deles são obras das mãos dos homens.
Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não vêem.
Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes têm, mas não cheiram.
Têm mãos, mas não apalpam; pés têm, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta".

Mas não fique você pensando que ídolos são apenas os descritos nos três últimos parágrafos não... Leia novamente o primeiro (mais ignorado): "são obras das mãos dos homens".  Tudo aquilo que é construído por homens e que receba um status de "divino" atribuído por alguém, independente do tamanho, forma, ou finalidade, torna-se ídolo para aqueles que assim creem. Trocando em miúdos: uma estátua pode ser um ídolo, mas um bem também pode ser, um templo, um objeto, um imóvel, uma pessoa (como referência divina), ou qualquer outra coisa. O apóstolo Paulo vai muito além e também afirma que a avareza também é idolatria, a prostituição é idolatria, a concupiscência dos olhos e da carne também... E para aqueles que vivem apontando seus dedinhos para quem tem imagens, Paulo critica de igual modo, chamando-os de ladrões de casas de ídolos, parafraseando: para que serve um guarda-roupa senão guardar roupas!

Atualmente as pessoas agem de igual modo em relação a buscar Deus através de coisas palpáveis, ou visíveis, e acabam esquecendo que o Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas. A idolatria que nasce da superstição afasta a verdadeira fé, pois esta não necessita de "coisas" para ser posta em prática, ao contrário, a fé é um firme fundamento e convicção daquilo que não pode ser visto!

É muito fácil agir como supersticioso (religioso), acreditar no visível, no palpável, naquilo que é sólido, assim como é extremamente simples achar que fé provem de obras. Claro que os verdadeiros salvos demonstram que são (e isso produz boas obras), mas quem salva é Cristo - somente Jesus Cristo, e pela graça.

Difícil mesmo é ter fé: acreditar no invisível, no impossível, em um Deus que habita o coração do crente e não um prédio, um Pai que aprova a misericórdia ao próximo e não sacrifício como barganha.

E como se não bastasse ainda existe a autoidolatria: aqueles que acham que são melhores que os outros - e assim, jogam todos os outros no inferno em pensamentos, para esses, só eles são salvos, são santos, são cristãos genuínos!

Que o Senhor tenha misericórdia de todos nós e nos liberte de nossos ídolos!

sábado, 4 de junho de 2016

Que tipo de Cristão nós somos?

Havia em Cesaréia um homem por nome Cornélio, centurião da coorte chamada italiana, Piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e de contínuo orava a Deus. "Atos 10"

Quando o assunto é Deus e religião ou espiritualidade, é comum encontrarmos pelo menos 05 tipos de pessoas, e quero aqui fazer um breve comentário sobre o assunto, lembrando que devemos evitar julgamentos ao nosso próximo, seja quem for, não cabe a nós julgarmos comportamentos alheios na ânsia de condenar ou absorver, principalmente quando da prática de condutas vistas pela nossa ótica como erradas, reprováveis, pecaminosas por assim dizer.

O primeiro tipo, e mais comum no meio cristão, é a figura do hipócrita - é o típico religioso não espiritual. Religioso simplesmente porque vai com frequência ao clube chamado igreja, e faz repetidas vezes aquilo que acredita ligá-lo a Deus, ir para se encontrar é o lema deste camarada. Ele até ensina a palavra de Deus, mas não vive - hipocrisia é a sua arma contra si mesmo; chega até a cantar para Deus, mas não adora; tem compromisso com a agenda religiosa, mas não com o próximo, nem com a caridade, nem com o Criador. Não tem nada de espiritual, pois desconhece o sentido da palavra amor, assim, é desobediente fingindo ser... É cheio de arrogância, pois confia em si mesmo, em seu íntimo esquece que precisa de um salvador, o Senhor Jesus Cristo.

O segundo e não menos frequente, é o que além de não ser religioso em nada, também não tem nada de espiritual. Essas pessoas por não conhecerem o sentido da palavra disciplina, sendo em nada religiosos, nem para com Deus, nem para com o trabalho, nem para com a família, nem com ninguém... Vivem em uma total falta de compromisso com o mundo e consigo mesmo: trabalhar religiosamente é trabalhar todo dia, almoçar religiosamente é almoçar todo dia! Geralmente não conseguem desenvolver em nada, pois a falta de compromisso com qualquer coisa, volta como bumerangue para a própria vida e lhe acerta em cheio. A falta de espiritualidade gera uma frieza enorme em seu coração, já que não consegue amar, vive odiando, vive desprezando, machucando, guardando mágoa e as vezes até vingando. Por faltar o amor verdadeiro e mínimo, pode até se tornar um verdadeiro ímpio - aquele que não tem piedade de ninguém. Só Jesus na causa!

Outro tipo bem comum são aqueles não religiosos, porém, espirituais, que aqui iremos chamar de bons samaritanos da vida. Talvez você conheça alguém assim: vive como a maioria das pessoas costumam viver, porém sabem o que significa misericórdia. Uns nunca foram ao templo fazer uma oração, mas, quando veem um necessitado, estendem a mão e ajudam. Carregam no peito a mensagem do Evangelho sem nunca terem ouvido falar nela, estes foram escolhidos por Deus para serem pequenos luzeiros no mundo, vivem de forma simples, mas, amam, se importam, acolhem, perdoam, suportam, e frequentemente agradecem um Deus, ainda que não o conheçam.

Já ouviu falar em falso ateu? Pois é, eles existem e são maioria dentre o grupo daqueles que declaram não acreditar na existência de um Deus. Os falsos ateus, geralmente são pessoas revoltadas com Deus, por algum fato em sua vida, ou com a perda de alguém muito próximo, ou ainda uma doença sem cura. Vivem tentando provar que Deus não existe, porque não conseguem entender como Deus trabalha, aí surge a revolta. Não conseguem compreender os mistérios que lhe cercam e põem a culpa no Criador; como crianças que não entendem porque os pais não lhes dão balinhas, choram revoltados desejando algo que é melhor não possuírem. O orgulho aqui é bem presente, mas, não devemos culpa-los, estes também sofrem na sua inocência. São os filhos mimados, ingratos e inocentes (talvez).

E por último, temos o tipo ilustrado em nosso texto base: Cornélio era um soldado romano, o sexto na cadeia de comando do exército, responsável por dar ordens, disciplinar e instruir os soldados. Como a Bíblia relata ele era um homem temente a Deus, piedoso e religioso, não no sentido de frequentar alguma assembleia, mas pela constância na oração a Deus. Ser religioso é ser constante em alguma coisa. E nesse sentido, Cornélio era um tipo raro de pessoa: Religioso e Espiritual ao mesmo tempo.
Religioso pela assídua busca a Deus em suas orações; Espiritual por que carregava consigo a mensagem, a essência do Evangelho, o amor ao próximo. Este tipo raro de pessoa está espalhado pelos quatros cantos da terra, quem sabe você seja mais um!

Então, vamos fazer um exercício - fique em frente a um espelho e pergunte-se: Que tipo de pessoa eu sou?

sábado, 23 de maio de 2015

Em que Caminho devemos andar?

Espinhos e laços há no caminho do perverso; o que guarda a sua alma retira-se para longe dele. Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele. Provérbios 22:5,6


Veja a importância do contexto bíblico para evitar leituras distorcidas: Que Caminho é esse? Será aquele percurso que você faz quando vai ao templo? O versículo anterior fala do caminho do perverso... Agora me diga: Qual o oposto de perversidade?

Vou tentar ser mais claro: Certa ocasião um doutor na lei de Deus (teólogo), digamos assim, tentando por Jesus a prova, pergunta-lhe: - Mestre, que farei para herdar a vida eterna?





Jesus responde com uma outra pergunta: Que está escrito na Lei?
O teólogo responde: amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a sua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças, e ao teu próximo como a ti mesmo!
Jesus, completa: - Muito bem... faz isso e viverás!

O perito na lei querendo se justificar pergunta novamente: - E quem é meu próximo?

*O cara tinha acabado de dar uma boa resposta mas, por vaidade pergunta, quem é meu próximo? Certamente que ele pensou que o "próximo" era somente os amados dele mesmo, como os familiares por exemplo, então, estou bem na foto - amo quem me ama, e odeio quem me odeia - no mínimo, vou ser elogiado por Jesus!

O Senhor Jesus responde com uma história:

Certo homem ia descendo rumo a Jericó, quando foi pego por assaltantes que o roubaram e o espancaram, deixando-o quase morto. Na mesma estrada ia passando um sacerdote, um líder religioso muito respeitado, quando viu o homem caído passou por longe. Esse líder religioso estava fazendo um percurso em direção ao seu local de culto, estava indo "encontrar com Deus", porém, ignora a necessidade daquele homem.

Depois, na mesma estrada, um levita, alguém encarregado nos serviços do templo, um obreiro, um adorador, quando chegou ao lugar, passa também por longe. Ele que diz amar deus e até trabalha para deus, é incapaz de adorar Deus servindo o próximo em sua tragédia, ele que tem hora marcada, que tem compromisso com "a igreja", não faz ideia do que seja culto *inteligente, culto racional... Então, vê e ignora!

Então um samaritano, um não religioso, passando por ali vê o homem no chão e tem piedade dele. Ele que não visita o templo, sabe reconhecer um necessitado e ajudá-lo, ele que não é dizimista sabe cuidar daquele homem, limpar suas feridas, prestando um verdadeiro *culto a Deus através do amor ao próximo... além disso, ainda o leva para um hotel e deixa dinheiro para quitar suas despesas.

Três homens passam pela mesma estrada, porém, seus corações tem ‪caminhos‬ diferentes. Dois deles seguem o caminho da hipocrisia e do egoísmo, um deles, o último, percorre o ‪caminho‬ da misericórdia, da compaixão, do amor ao próximo!

Agora pergunto: Em que caminho devemos ensinar nossos filhos? De que caminho fala o livro de Provérbios? Deus é amor, e esse Caminho deve ser percorrido dentro de nós mesmo, ao contrário, nossa caminhada sem "O Caminho" terá sido em vão!

sábado, 2 de maio de 2015

A FOBIA DA MORTE: um discernimento essencial

O autor do livro de Hebreus nos diz que Jesus veio destruir aquele que tem o poder da morte; a saber: o diabo. E, além disso, veio para livrar aqueles que pelo pavor da morte estavam sujeitos à escravidão por toda a vida.

Para mim poucas revelações espirituais são tão fortes e essenciais para o bem da alma humana quanto as duas acima referidas.

Assim, se fica sabendo que o diabo tem o poder de operar pelo medo da morte, visto que ele não é senhor da morte; pois há Um só que é Senhor de todas as coisas: Aquele que tem o poder sobre a vida e morte, pois é o Criador da Vida, o qual, morrendo na Cruz, Ressuscitou da Morte.

Portanto, o diabo tem o poder da morte pela via do medo que a fobia da cessação da vida faz gerar nos mortais.

Ele, o diabo, nunca decidiu quem vive e quem morre. O livro de Jó deixa isto mais que claro. No entanto, a fobia da morte é a pulsão humana que ele mais usa a fim de manter os filhos de Adão sob cativeiro.


E como isto acontece?

Se os homens morreriam ou não no corpo antes de haverem comido do fruto da árvore do conhecimento referencial do bem e do mal, não é de fato importante. Não para mim, em nenhuma perspectiva. O que de fato importa é que aquele “ato” de comer do fruto, de estender a mão e tomá-lo, mudou completamente a estrutura da percepção dos humanos; rompendo-lhes a harmonia com Aquele para Quem não há vivos e nem mortos, pois, para Ele, todos vivem.

Desse modo, mediante tal ruptura os humanos conheceram a morte nos ambientes imediatos da percepção da existência física. Pois, em não existindo a percepção da cessação física como “morte”, o fato-epistemológico dessa não-percepção, faz a morte inexistir como sentimento, visto que, nesse caso, já se está para além de questões como morte e vida. Digo: isto antes de se saber-conhecer a morte, conforme ‘percepcionalmente’ viemos a conhecê-la.

Ora, se antes do “comer do fruto” eles também morriam, tal fato não era sentido, posto que a harmonia total com o sentido da vida no Criador lhes dava a visão não da morte, mas da absorção da vida pela Vida.

Por outro lado, se “não morrer”, no Gênesis, de fato e literalmente significa “ser imortal no corpo”, então, a ruptura causou a mesma coisa no nível da percepção, idêntica ao que geraria se eles morressem sem sentir a morte como “morte”.

Portanto, como disse, para mim, em nada faz diferença. E se alguém alegar que a não-importância da morte física em sua literalidade afeta o significado da ressurreição física de Jesus e de nossa própria ressurreição no corpo, digo que não é assim; pois, de fato, Jesus ressuscitou no corpo e nós no corpo também ressuscitaremos, posto que Deus, em Cristo, está restaurando todas as coisas; e, entre tais coisas, está o corpo; o qual, uma vez ressuscitado, já não será feito desta “carne mortal”, mas sim de algo de natureza imperecível.

Mas voltemos à fobia da morte, usada pelo diabo a fim de manter os mortais humanos sob escravidão.

Quase tudo (se não mesmo tudo) o que se faz nesta vida, é feito por nós em razão da pulsão constante e inconsciente do “pavor da morte”.

Assim que as menores noções de tempo começam a se instalar em nós, logo se percebe o surgimento de uma aflição essencial na alma humana. Começa a surgir uma urgência, uma impaciência inexplicável, uma ânsia de viver.

Às vezes já na infância essa angustia está presente. Na minha estava, e com muita intensidade. Ao chegar à adolescência ela explode como fogos de artifício. É ainda a primavera da vida escondendo a fobia da morte com belas cores. Na idade adulta ainda bem jovem, a fobia da morte se veste de responsabilidade e até de neurose. Tem-se que produzir a fim de “ser alguém”. E, em tal estado, casar, ter filhos, ganhar dinheiro, adquirir confortos, alcançar posições importantes, construir um nome, uma reputação, etc... — são também “folhas de figueira” a esconder a fobia essencial: o medo da morte.

Sim, porque cada vez mais a mente vai fazendo a contagem em ordem decrescente; e faz isso de modo cada vez mais consciente.

Ao se atingir a meia idade, então, mais do que nunca antes, cai sobre a alma a angustia de olhar para trás, e ver o que não foi feito, provado, sentido, gozado, aproveitado — todas as árvores do jardim —; e, ao mesmo tempo, olhar para o hoje e, quase sempre, vê-lo indigno dos nossos sonhos; sejam exteriores ou interiores; o que, imediatamente, nos remete com sofreguidão para a perseguição de tudo o que não se teve, e que precisamos alcançar nos anos que nos restam.

Por essa razão, em geral, a meia-idade promove mais mudanças do que se pode imaginar.

A fobia da morte está muito maior em nossos dias, com todo o cenário de extinção apocalíptica que já se faz sentir, consciente e inconscientemente por todos os humanos.

Quando, porém, se chega ao inicio da velhice, então, uns se desesperam; ou se tornam amargos; enquanto outros se conformam, ficam quietos ou buscam refugio na religião, ou em qualquer forma de bem a ser feito aos outros como quem afofa o leito da própria morte.

No entanto, mesmo os conformados, em sua maior parte, conformam-se em razão de crerem ou esperarem que suas “pequenas barganhas” com Deus, feitas de esmolas e caridades, lhes dêem um lugar no céu... Quem sabe?

A existência humana é esse briga permanente com o tempo que se tem, até a primeira juventude adulta; e, depois, é uma angustia contra o tempo que já não se tem, que é quando a fobia da morte vai se tornando um pânico consciente e cada vez mais escravizante.

É pelo poder de incitar o medo da morte que o diabo faz o que quer conosco!

É em razão do medo da morte que as meninas se entregam a quem não querem, os homens conquistam quem não desejam, matam pelo que não lhes dará vida, trabalham como loucos como se o esforço lhes fosse agregar um dia a mais na existência, ambicionam fama, nome, reputação, dignidade, poder, variedade de experiências, provar de novos gostos, a ansiedade pelo amanhã, o stress do tempo, a impaciência total, a busca frenética por prazeres encantados, a expedição mortal na perseguição do Santo Gral.

É em razão da fobia da morte que muita gente vai se despedaçando pelo caminho, escolhendo qualquer coisa, aceitando tudo, não largando nada, tentando ser dono de tudo o que pode, agarrando-se a qualquer coisa como se fosse essencial.

É também a fobia do morrer que faz a gente ficar escravizado ao tempo!

“Estou com 40 anos e ainda não provei um amor arrebatador...” — diz alguém convencido de que um amor arrebatador pode salvar a alma humana.

“Não posso ficar só. Tenho que ter alguém logo...” — afirma alguém que diz gostar de companhia, mas que de fato tem pavor da solidão, que é também filha psicológica da fobia da morte.

“Não consigo ficar só. Levo qualquer um pra casa...” — alguém garante como se isso fosse uma virtude de sedução.

“Por que é que eu só encontro homem cafajeste?” — indaga ‘inocente’ a mulher que escolhe o que vier..., apenas pra não ficar sozinha.

“Tudo dá errado pra mim. Saio de uma angustia e entro logo noutra!” — diz alguém que “topa tudo”, e que se entrega por qualquer migalha, mas que reclama da vida como se fosse obra do “azar”.

“Trabalhei tanto que não vi meus filhos crescerem...” — chora o homem ou a mulher que, pela fobia da morte, entregou-se à síndrome dos faraós.

“Consegui tudo o que queria..., mas continuo infeliz!” — grita a pessoa rica e que vive sob o pânico da morte.

“Que é isso? A vida passa! E você vai ser marido de uma só mulher?” — dizem os amigos zumbis, inconformados com alguém que não sofrendo do pânico da morte, não aceita companhia que não se faça acompanhar de amor.

“Que desperdício! Uma mulher como você não pode estar linda, aos 39 anos, e sozinha. De jeito nenhum!” — assim amigas mal-amadas demandam mortal solidariedade; ou, desse modo, exigem ‘participação’ nas graças dessa mulher os homens para quem não se pode morrer sem “provar aquilo”, e dela.

E assim vai... E vai quase todo mundo pro buraco. E tudo isso em razão de que a vida vai acabar.

Então, a pessoa se deixa escravizar a tudo e a quase qualquer coisa, mesmo àquelas que ela odeia ou detesta ou nada tem a ver com ela. E isto apenas porque, segundo o fluxo deste mundo, não se pode perder tempo, pois a morte está chegando...

Ora, “é porque a morte está chegando” que a maioria escolhe a própria morte para dormir em sua cama, para casar, para ser sua preocupação, seu tema de brigas, sua angustia, sua separação, seus casamentos e re-casamentos, seus novos e cansados planos, suas pelejas loucas e movidas pela inveja...

Inveja... é também algo que nasce do medo da morte. Afinal, pensam: “... todos nós vamos morrer, mas ele tem..., e eu ainda não.” Portanto, “eu quero ser como ele”; ou, quem sabe, “quero ter o que ele tem”; e pior ainda: “quero ter o que é dele!”

É por causa da fobia da morte que tudo acontece, até aquilo que julgamos, muitas vezes, mais que legitimo. Aliás, todo o nosso sentido de dignidade, honra, direito, etc...— vêm do fato de que esta vida é a única que temos conforme nosso ‘sentir’; e, assim, se tudo não for resolvido aqui, o que restará de nós, de nossa memória, de nosso nome, de nossa dignidade? — é a questão proposta pelo medo do morrer.

Quando comecei este site, em 2003, para cada 100 cartas que recebia, umas 10 eram ofensivas. A tese básica era: “Você perdeu o direito de pregar porque se divorciou...” Depois, para cada 100 cartas, uma era assim. Hoje é uma raridade, exceto quando digo algo sobre algum “apóstolo” ou “pai-póstulo”. Então, para minha surpresa, para cada 100 dizendo “é isso aí”, há umas 10 criticando por mandado dos “interessados”; pois, até hoje, nunca recebi uma carta que não fosse de “funcionários” deles.

Mas por que estou dizendo isto?

É que logo, logo..., descobri que os que me escreviam não crêem muito em Deus, nem em eternidade, nem em verdade, nem nas coisas do coração. Para eles o que vale é o hoje como imagem de poder. Por isto também toda a “prosperidade” por eles buscada é de BMW e Limousine. Da eternidade eles parecem ter esquecido por completo. O “deus” deles se alimenta de comida da terra... Sim, do pó da Terra.

Ora, quando me ficou claro que eles escreviam o que escreviam porque ainda estão escravizados pela morte, e pela ambição dos poderes que devem ser obtidos nesta Terra, antes que a morte chegue; coisas essas que no caso deles significa especialmente uma “igreja grande” ou uma “imagem de ungidos”... — então, vendo que a verdade não era de seu interesse, passei a apenas responder-lhes da seguinte maneira: “Meu irmão (ã), Poderia responder muitas coisas, e, sem dificuldade desconstruir seus tolos argumentos; de quem não está interessado na verdade. Portanto, espere uns poucos anos apenas, pois, em breve, todos estaremos na eternidade. Sim, bem diante do Trono Eterno, de toda luz e de toda verdade. Então, lá, pergunte ao meu Senhor o que era e o que não era verdade!”

Impressionante! Ou ninguém escreve de volta; ou, então, me pedem perdão!

E por que é assim?

É que as pessoas esqueceram da eternidade porque têm medo da morte. Assim, ficam “brincando de Deus” aqui na Terra, arruinando a cabeça dos outros; e, assim, tornam-se aliados no mínimo inconscientemente do diabo, pois fazem o que ele quer. Ora, isto é assim porque o desejo do diabo é sempre alimentar o medo, não importando a qualidade do medo; posto que em Deus não há medo, pois o verdadeiro amor lança fora o medo.

Mas essas pessoas que me escreviam eram lembradas que eu não estou aqui “brincando de falar de Deus”; e que de fato sei que nós todos estaremos cara-a-cara diante do Trono; e logo! — afinal, o que são umas poucas décadas, se tanto? —; então, rapidamente pararam de conversa fiada, pois ficaram sabendo que o “buraco é eterno”.

Fobia da morte!

Sim, é ela que comanda tudo!

No entanto, Jesus veio para despojar o diabo desse poder. E, no que disse respeito a Ele, Jesus, tal poder foi e está, em-si-mesmo, despojado, conforme Paulo.

O problema é que a cristandade não entendeu a Palavra do Evangelho e nem tampouco aceitou Jesus. Então, foi criada essa coisa maluca que usa o nome de Jesus para infundir nos homens o medo que alimenta o poder do diabo; pois, ele, o diabo, come o medo da morte como prato frio, mas adora os salgadinhos feitos de culpa religiosa, e que são apimentadas pelo pânico em relação a Deus; o que significa vitória do diabo concedida a ele pela religião; posto que é a religião que mantém o diabo vivo, a culpa ressuscitada, e a lei matando a alma.

Se entendermos isto, meu Deus! Quanta coisa mudará!

O momento presente, todavia, exacerba imensamente este ‘sentir’ de morte. Afinal, conforme tenho aqui escrito, “os dias são maus”, e nos tornamos vizinhos das visões que João teve no Apocalipse, na Ilha de Patmos.

Por esta razão, agora, não somente somos atormentados pelas pulsões da morte que brotam como fontes psicológicas de natureza existencial insaciável, ainda que em sua maior parte venha do poço de nossas subjetividades, mas também, de súbito, nos vimos também abraçados pela Morte Global, e fomos avisados de que o Planeta Terra está cambaleando, cansado e abusado; e que pode vir a ter seus poderes abalados e caotizados.

Ora, a junção da fobia interior da morte individual com um cenário apocalíptico de morte global, tem produzido, e ainda produzirá, nas almas humanas, as maiores carências, fragmentações, ansiedades, perplexidades, angustias, pânicos, e pavores jamais antes sentidos por nenhum de nós.

Desse modo, mais do nunca, tem-se que andar com “o selo do Cordeiro na fronte” a fim de que não sejamos picados pelos ferrões que envenenam a alma com a ansiedade que nos faz, em fugindo da morte, cair exatamente de modo mais profundo nos braços dela.

Afinal, Jesus já destruiu aquele que tem o poder da morte, a saber: o diabo. E isto para que todos ficássemos livres da fobia da morte, que é a única comida que pode erguer o poder do diabo no coração humano, levando-nos, assim, outra vez, ao cativeiro do medo que nos move para o abismo da morte, e não para o Refúgio da Vida.

Pense, todavia, você mesmo. E sei que Deus lhe dará entendimento de tudo!

Nele, que nos livrou da angustia do tempo em face do medo da morte, e nos deu a alegria do que é eterno,


Fonte: http://caiofabio.net
Por: Caio


sábado, 11 de abril de 2015

Luz do Mundo

Ninguém, depois de acender uma candeia, a cobre com um vaso ou a põe debaixo duma cama!

Essa frase é mencionada por Cristo logo após a parábola do semeador, o que nos faz entender que aquele que semeia a Palavra além de ser um meio para propagação do Evangelho pela sua boca, também torna-se uma pessoa iluminada por uma luz diferente. Em outro texto o Senhor Jesus afirma vós sois a luz do mundo, então brilhe a vossa luz diante dos homens. 

Uma vez iluminado pela luz do verdadeiro Evangelho, pela luz que vem do alto, a pessoa torna-se brilhante aos olhos dos outros. Não brilhante no sentido ser estrela, ser famoso, ser espertalhão, mas brilhante no sentido de ser totalmente diferente e de possuir um brilho na face que é inexplicável, percebe-se que há algo diferente, mas não se sabe dizer o que é. Além do mais, quando nos é afirmado que a nossa luz deve brilhar diante dos homens, existe também outro sentido bem mais interessante: a claridade e pureza das boas obras quando feitas em Cristo, deve ser testemunho claríssimo daqueles que se dizem cristãos. Existe uma grande diferença entre aquilo que é feito em amor (em Deus), daquilo que é feito para glória própria (trapos de imundície, conforme Isaías). Mas, não cabe a nós julgar uma ou outra - Deus o sabe!

Assim como uma vez acesa a chama ela deve brilhar em local exposto, para que os outros vejam e glorifiquem a Deus, também há o outro lado dessa moeda. Chegará o dia em que nada daquilo que hoje é oculto, continuará sendo; chegará o dia onde tudo será manifestado, e tanto o bem como o mal de cada um será exposto. Pessoas que aparentemente "não servem a Deus", serão recebidas na glória para surpresa de muitos, pois criam no sacrifício do Filho, e viviam a simplicidade do Evangelho encarnado em suas vidas através do amor, da misericórdia e do perdão; pessoas que buscavam a Deus (sem tocar trombeta para aparecer) no interior de seus quartos e que nunca gostaram de se exibir como os hipócritas fazendo longas orações nos templos e de pé para serem vistos (Mateus 6:5-6).

Pessoas que praticam a pura e verdadeira religião mencionada na Bíblia, e que não consiste em doutrinas ou catedrais, mas em misericórdia; essas pessoas virão de todos os cantos do planeta (Mateus 8:11) e se assentarão à mesa no Reino dos Céus.

Infelizmente, quer dizer - felizmente, aqueles que apenas aparentem ser alguma coisa, que tem aparência de piedade mas ocultamente praticam as piores coisas... Esses que exploram os outros com todo tipo de artimanha do inimigo, e que aproveitam-se das pobres viúvas para enriquecer, ah meu querido: a justiça de Deus não falha. Não estou aqui desejando o mal a ninguém, não, não é isso, a minha vontade era que verdadeiramente esses mercadores da terra se convertessem ao Evangelho, e fossem salvos. Mas, em toda a Bíblia há exortações a eles, e a respeito dos tais é dito que ficarão bem longe de Cristo, bem longe!

Tudo aquilo que é feito as escondidas, desde a menor maldade que possa existir no coração humano, como lavagem de dinheiro por lideranças religiosas que usam do artifício ofertório para justificar quantias exorbitantes, até a pior das atitudes que alguém pode fazer ao seu próximo, tudo será revelado, tudo será manifestado. O que foi dito em segredo, será anunciado nos palcos; e o que foi feito a noite, será divulgado a luz do dia para que todos vejam.

Qual o segredo em seu coração? Existem culpas e/ou pecados não confessados e não abandonados? 

Saiba, o Senhor Jesus está disposto a perdoar, e apagar todos os nossos erros - e jogá-los no mar do esquecimento! Ele está com você 24 horas por dia, Ele é onipresente e onisciente: está em todos os lugares através do seu Espírito e de tudo é conhecedor. Mas Ele também é onipotente: para Ele não há impossível, e tudo pode fazer por você.

Você crer?

Texto base: Lucas 8:16

segunda-feira, 9 de março de 2015

As Três Tendas do *reino dos Homens

O centro do Reino de Deus é a cruz de Jesus, e o Reino de Deus é a soberania de Deus sobre tudo quanto exista. Não tem a ver com geografia, religião, grupo humano, étnico, não tem a ver nem apenas com os humanos, tem a ver com todas as coisas existentes. Vai do fenômeno da nuvem luminosa que aparece como natureza glorificada ou utilizada na glória de Deus aos descaminhos mais profundos da minha própria interioridade; e é isto que está sendo ensinado, e quando a gente ganha essa visão a viagem da vida é uma viagem que passa a ser toda ela no espírito, na consciência de que todas as coisas são puras para os puros se o meu coração de fato caminhar como um coração puro: as coisas são puras para os puros, não para os impuros, o coração tem que andar puro e todas as coisas puras serão.

E aí não há distinção, tudo faz parte do culto a Deus: nuvem, água, natureza, meu sono, meu descanso, meu acordar, a leitura da palavra, o aprendizado dela, a história... Todas as coisas compõem essa percepção que eu vou ganhando todos os dias e que são os elementos que constituem essa presenças representativas e simbólicas aqui e que montam essa catedral de consciência espiritual que tem que me habitar, que eu caminho o Caminho do Discípulo ali montado pela glória de Deus, pela transcendência. Do contrário como foi dito, não existe pulsão do discipulado feliz sem que essa transcendência seja instalada, infiltrada dentro de nós. Sem que isso se manifeste o que sobra é a tendência humana, veja como a tentação humana está presente mesmo no meio desse holograma de glória:
Pedro chega e diz, Senhor façamos aqui três tendas, uma será para ti, outra para Moisés e outra para Elias...
A tendência humana é querer confinar a Deus sempre, é querer colocar a glória no formol, é querer ver se ela cabe numa cristaleira, é desejar ver se ela passa a ficar contingenciada por um lugar e uma geografia, ela se transfere para fora de mim ao invés de existir dentro de mim.

Inconscientemente a maioria de nós quer glória de Deus em algum lugar não na gente; glória de Deus na gente não aparece. Glória de Deus na gente não é purpurina nem espetáculo, glória de Deus na gente só se manifesta com amor, misericórdia, compaixão, verdade, justiça, longanimidade, alegria, paz, reconciliação, perdão... É por isso que mesmo dizendo que a gente quer Deus e ama Deus a gente procura construir a glória de Deus em tendas fora de nós: é um templo para glória de Deus, ah eu comprei essa casa e consagrei-a irmãos venham para uma reunião de oração de consagração da nossa casa ao Senhor, esta casa é para glória de Deus... Esses são os espetáculos-zinhos patéticos que somos forçados a ver a vida inteira; essa mesa pastor eu trouxe de Jerusalém ta consagrada para glória de Deus; esse óleo aqui foi ungido pelo pastor fulano de tal à beira do Jordão, óleo muito especial, ta cheio da glória de Deus...

Essa "glória de Deus" está sempre em algum outro lugar. É uma torre de cristal na catedral de cristal para glória de Deus, é o templo de "Salomão", é o templo de Herodes o grande para glória de Deus, é um templo maior, é a glória de Deus, é tudo assim em algum lugar a glória de Deus. Irmãos vamos fazer isto para glória de Deus, é sempre alguma coisa para ser feita para glória de Deus... a glória de Deus nunca é, ela está sempre para ser confeccionada por nós, sempre fora da gente, sempre três tendas...

Será se esse "tipo de glória" realmente expressa a Glória de Deus?





sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Adúlteros

Jesus diz: “Quem se divorciar de sua mulher e se casar com outra mulher estará cometendo adultério, e o homem que se casar com uma mulher divorciada do seu marido estará cometendo adultério.” (Lc 16:18). Por que será que ele interrompe o assunto da Lei do versículo 17 para falar de adultério e divórcio? Ele não interrompe; o assunto aqui ainda é a Lei, e você só entenderá isso se ler o que Paulo escreve em sua Carta aos Romanos, que é o evangelho explicado.

“Acaso vocês não sabem que a lei tem autoridade sobre alguém apenas enquanto ele vive? Por exemplo, pela lei a mulher casada está ligada a seu marido enquanto ele estiver vivo; mas, se o marido morrer, ela estará livre da lei do casamento. Por isso, se ela se casar com outro homem enquanto seu marido ainda estiver vivo, será considerada adúltera. Mas se o marido morrer, ela estará livre daquela lei, e mesmo que venha a se casar com outro homem, não será adúltera. Assim, meus irmãos, vocês também morreram para a Lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerem a outro, àquele que ressuscitou dos mortos.” (Rm 7:1-4).

Foto meramente ilustrativa
A questão é: Pode um morto guardar a Lei? Não! E por acaso não é assim que Deus vê o crente em relação à Lei? “Agora, mortos para aquilo que antes nos prendia, fomos libertados da lei, para que sirvamos em novidade de espírito, e não segundo a velha forma da lei escrita.” (Rm 7:6). Agora veja como tudo está maravilhosamente conectado a este capítulo de Lucas: “Quem se divorciar de sua mulher e se casar com outra mulher estará cometendo adultério.” (Lc 16:18). O assunto aqui não é divórcio, mas adultério, caso o vínculo não tenha sido desfeito pela morte.

Por isso o apóstolo Paulo explica: “Vocês também morreram para a lei, por meio do corpo de Cristo para pertencerem a outro, àquele que ressuscitou dos mortos.” (Rm 7:4). Se agora pertencemos a Cristo, como continuar pertencendo à Lei para a qual morremos? Querer viver sob ambos é adultério. Além disso, “tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.” (Rm 5:1). Isto significa que aqueles que creem em Jesus são justos aos olhos de Deus, e Paulo escreve a Timóteo que a Lei “não é feita para os justos.” (1 Tm 1:9).

Fonte: http://3minutos.net

sábado, 17 de janeiro de 2015

Os Perdidos que Sabem ou Quase Sabem


Nas parábolas de Lucas 15 e 16 Jesus descreveu em cada uma delas muitos ângulos diferentes da condição humana em sua perdição, tanto quanto também expressou o modo redentivo do Pai agir em relação á alienação humana em cada um desses casos.

Inicialmente temos a Ovelha Perdida. É o ser humano que se atabalhoou no caminho e perdeu a direção, o sentido da vida; ou seja: o caminho do Pastor. Nesse caso, não se trata de rebeldia, mas de distração e tolice; o que frequentemente faz com que homens/ovelhas venham a alienar-se da vereda, do passo, do sentido do Evangelho, da obediência a Jesus; e, também, do vínculo fraterno/humano tão útil a manter-nos andando [...] tendo uns aos outros como admoestadores na caminhada. Trata-se, portanto, da distração que gera o desgarrar fraterno e a comunhão; e isso por razões diversas, muitas delas vinculadas à perda do foco em razão de relacionamentos sem vínculo com a fraternidade da fé; ou, também, pelo envolvimento excessivo com companhias que nos fazem abandonar o interesse pela Palavra e pela comunhão humana em torno da Palavra da fé.

Então, temos a Dracma Perdida. Em tal caso, na maioria das vezes, tem-se a alma humana que se perde em estado de alienação de si mesma, inconscientemente; posto que a dracma, pela sua própria natureza, tenha se “perdido dentro da casa”; e isto por não se conhecer, por não saber de si mesma... É o caso dos que têm grande valor pessoal, mas que desconhecem o significado de sua própria existência; os quais acabam ficando jogados dentro do ambiente familiar da fé, mas sem que se saiba de seu estado de perdição pessoal; e, semelhantemente à inconsciência da “dracma”, tal pessoa não se sabe perdida, posto que não reflita sobre seu próprio estado em razão da inconsciência espiritual. Em geral isto acontece muito com “crentes e seus filhos”; ou seja: com os que se habituaram à “religião como casa”; os quais, depois de um tempo, desaparecem em seu significado espiritual diante de Deus pela impressão de “pertencimento” ao ambiente da “casa”.

Tem-se, então, o Filho Pródigo. Ora, esse tal é aquele que se rebelou contra o amor do Pai, e julgou na sua adolescência espiritual que viver com o Pai é equivalente a “limites e castrações”. Trata-se daquele que se vai por deliberação, que se aliena com a sensação de esperteza, que se distancia a fim de “viver sua liberdade” como expressão de libertinagem contra o amor santo.

Depois aparece o Irmão Mais Velho. Sim, aquele perdido que pensa que está dentro da vontade de Deus pelos seus atos de obediência forçada e legalista, mas que nunca teve vida ou intimidade com o Pai; sendo ele próprio apenas um pecador que habita as proximidades [...], embora sua alma invejosa viaje longe do coração de Deus; ainda que, ele mesmo, jamais tenha a coragem de estabelecer o que habita seu coração como decisão de comportamento. Assim, torna-se magoado, judicioso e extremamente perdido do amor do Pai, especialmente pela sua raiva dos pecadores “sinceros na sua rebelião assumida”.

Por último, tem-se aquele que se dedica aos negócios do reino, mas que é Um Administrador Infiel. Estes equivalem aos pastores, sacerdotes e agentes supostamente explícitos do reino, mas que perderam a fidelidade, e, assim, tornaram-se ladrões e enganadores, fazendo do reino um “negócio” pessoal; e, portanto, explorando o povo e defraudando o Evangelho. Sim; são os pecadores malandros; os quais esquecem que haverá o dia do acerto de contas; embora, eles mesmos, pelo vício administrativo e mistrativo [...] pensem estarem para além do perigo, julgando que exista uma dependência de Deus em relação a eles [...] — portanto, criando tal engano em suas mentes uma espécie de permissão para o ágio, para o adicional de gestão, para a exploração como “direito”; até que chega dia...

Para cada um desses “perdidos” o tratamento de Deus é diferente.

A Ovelha Perdida é “procurada”, pois, perdeu-se pela tolice e pela imaturidade.

A Dracma Perdida precisa ser buscada, posto que não tenha autodeterminação para achar-se.

O Filho Pródigo tem que arrebentar-se antes de tudo [...]; pois, sem que sofra a falência, jamaiscairá em si e voltará; e mais: ele tem que voltar boa parte do caminho sozinho.

O Irmão Mais Velho poderá ser salvo pelo ciúme da Graça; sim, esta será a sua melhor chance; isso se ele aceitar seu estado de perdição [...] embora enganado pela falsa ideia da salvação como profissão e gestão espiritual, moral e legal. Do contrário, morrerá na casa do Pai sem conhecer a Sua Graça jamais.

O Administrador Infiel somente é salvo pela vergonha e pela possibilidade da revelação pública de seu estado de falsidade e infidelidade. São aqueles que somente são salvos pelo escândalo de suas vidas.

Concluo perguntando:

Quem é você em relação aos arquétipos acima mencionados?

A Ovelha Perdida se afastou alienadamente do caminho e o Filho Pródigo deliberou tal ato em estado de revolta.

Os demais [...], a Dracma, o Pródigo, o Irmão Mais Velho e o Administrador Infiel [...], não foram para “longe” de nada; perderam-se dentro da casa; sim, perderam-se sem expressão notória de seus estados de alienação.

É sutil assim o caminho da perdição de quem se julga “pertencendo”!

A Ovelha tinha Pastor...

A Dracma tinha uma dona que a ela atribuía grande valor [...], mas a Dracma existia em estado de inconsciência no ambiente de sua proprietária...

O Pródigo sabia que tinha um Pai bom...

O Mais Velho tinha Pai, mas vivia como um órfão amargurado...

O Administrador Infiel nunca fora a lugar algum, mas jamais se entregará fielmente a nada...

Assim, vemos que tolice/ingênua, alienação, rebeldia, raiva invejosa, malandragem e perspectiva de controle — habitam os casos clássicos de perdição da alma no ambiente do convívio com a Palavra e com o Santo.

Olhe para você mesmo e pergunte-se:
Quem sou eu?


Fonte: http://caiofabio.net




sábado, 27 de dezembro de 2014

A Fé que Agrada

Muitos continuam achando que receberão aprovação do nosso Pai celeste através da prática daquilo que está na Lei... O espírito do engano paira sobre as igrejas e muitos vivem na ilusão das ofertas, dos sacrifícios, do guardar o sábado, de usar ou deixar de usar determinada roupa, ou até mesmo do dizer não a certos tipos de adereços, sim, adereços, e aí se incluem uma série de coisas como colar, anel, relógio, batom, enfim, é uma enorme coleção de práticas que acabam confundindo muitos crentes.

Afinal, posso ou não usar jóias? Posso ou não usar bermuda/calça? Devo ou não pagar dízimo? E quanto ao sábado, o que fazer? Tenho que fazer sacrifícios como antigamente para tirar meus pecados?

O apóstolo Paulo faz uma pergunta interessante aos Gálatas: Gostaria de saber apenas uma coisa, foi pela prática da lei que vocês receberam o Espírito, ou pela fé naquilo que ouviram? (Gl 3:2) - Ao analisarmos este verso, percebemos que a única maneira do homem se reconciliar com Deus é através da fé e não pela prática da lei; O Espírito Santo repete o pensamento em Hebreus 11:6 - Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, pois é necessário que aquele que dele se aproxima creia que Ele existe, e que é recompensador daqueles que o buscam. 

Ora, está evidente que a fé é suficiente para agradar a Deus, a fé verdadeira que transforma o nosso coração fazendo-nos amar a Deus como ele mesmo pede, e não por aparências, pois ela muda o nosso pensar, e sem ela é impossível agradar verdadeiramente o Criador. Em outro versículo lemos - Já os que são pela prática da lei estão debaixo da maldição, pois está escrito, maldito toque aquele que não persiste em praticar todas as coisas escritas no livro da lei (Gl 3:10) - Ao afirmar isso o apóstolo Paulo não está inibindo a lei, o que ele está afirmando é que se tivermos que viver por ela devemos praticar todos os mandamentos, e isso inclui mais de 600 ordenanças, se deixarmos apenas "um" de fora seremos condenados.

Ele vai mais a fundo no versículo 4, do capítulo 5 da carta aos Gálatas, e diz - Vocês que procuram ser justificados pela lei, separaram-se de Cristo; caíram da graça - observem irmãos o que afirma-se aqui, quem tenta ser justificado pela prática da lei está separado de Cristo; quando nos julgamos justos por praticarmos a lei estamos dispensando o sacrifício do cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, estamos dando as costas para o sacrifício de Cristo, e isso nos leva para um caminho escuro e cheio de armadilhas.

Que sejamos livres, mas, livres para fazer a vontade de Deus em fé - e não a vontade de homens! Livres para viver pela graça, mas isso não tem nada a ver com libertinagem. Vejam: Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; pelo contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor (Gl 5:13) - muitas pessoas confundem vícios da carne com liberdade, acham que fazer o que bem entendem significa "ser livre", quando na realidade estão presos às próprias paixões, totalmente acorrentados pelos vícios.

Um outro fato interessante é o correr atrás das bênçãos terrenas, das glórias deste mundo, das prosperidades como promessa de Deus. Será se isso alegra a Deus? Esse "ir" para ser abençoado terrenalmente agrada aos olhos do nosso Senhor? Mas afinal, quem não quer ser rico? O culto a mamon é moda agora nas "igrejas", enquanto o negue-se a si mesmo, e isso inclui negar a ganância, e o conformar-se com o que tem, virou heresia ou sinônimo de irmãos que estão em pecado. Está escrito - Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o espírito, do Espírito colherá a vida eterna (Gl 6:8) - Percebem? O texto fala de destruição, não de bênção, destruição é treva, é morte, é tudo que o inimigo quer, que nos percamos com as glórias terrenas.

Não estou afirmando que devemos virar mendigos, ou deixar de trabalhar, não é isso, mas devemos parar de agir assim, aliás, devemos parar de praticar essa fé baseada na ganância: ah, vou ofertar porque Deus vai me abençoar "para eu" ganhar mais; vou fazer porque vão "me aplaudir"; vou dizimar porque Deus será "obrigado" a me "fazer próspero";

Nossa, quanta cegueira espiritual e mediocridade. Quem semeia para a carne colhe destruição, mas quem semeia em Cristo colhe a vida eterna. Quer fazer barganha com Deus? Se sua resposta é positiva, desculpa-me a sinceridade, acho que está vivendo (espiritualmente) na era errada, não na graça!

Graça é favor imerecido, a alguém não capacitado pelos próprios méritos, mas simplesmente por Cristo... Graça é descanso no espírito, é consolo para a alma, pois em Cristo - Deus estava reconciliando consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos homens - 2 Coríntios 5:19
- Se faço alguma coisa é apenas um reflexo daquilo que já recebi, é também por gratidão e não por ganância.




sábado, 13 de dezembro de 2014

Khristós


“Vocês vivem estudando as Escrituras, pensando que vão encontrar nelas a vida eterna. No entanto, as Escrituras dão testemunho de mim. Mas vocês não querem vir a mim para terem a vida eterna”. Jesus

Muitos, hoje, auto denominados cristãos, ‘seguidores excelentes do próprio ungido de Deus’ andam nesta mesma lógica.

Vivem convencidos de que militam ao lado de Deus, de que são dignos, ‘pessoas de bem’, defensores da família, dos bons costumes, das tradições…

Têm na Bíblia sua espada e não pensam duas vezes em desembainha-la diante dos terríveis inimigos do povo de Deus, os hereges, as bruxas, os incircuncisos, filhos de Belial, ímpios.

Aos corruptores de toda ortodoxia, de toda palavra ‘revelada’ no seio de suas convenções, sentem-se à vontade para discriminar e atirar seus dardos inflamados em línguas de fogo que receberam como dom. Eles são os alvos favoritos de sua fúria religiosa indômita!

Em nome do XPTO já se matou e ainda se mata, já se torturou e ainda se tortura, já se escravizou e ainda se escraviza. Muitos enriqueceram e muitos outros ainda enriquecem, muitos perderam suas vidas, mas tantos outros lucraram com esse nome.

São soldados, cavaleiros, cruzados, carrascos, mas são dignificados pela unção que receberam de suas próprias leituras das Escrituras.

No entanto, quanto ao próprio Ungido, o Filho de Deus, a pessoa do Messias, passam longe dEle, para viver e fazer todas as coisas em nome das Escrituras, eleita por eles a “quarta e mais importante pessoa dessa trindade”!

Disse o Senhor: “sem mim nada podeis fazer…”

Será que alcançarão a almejada vida eterna, já que conquistaram tudo o que tinham para conquistar entre os homens? Deus sabe!

Por: Rafael Reparador
Fonte: gospel+

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O sentido do 70 x 7


Muita gente acha que o ensino do perdão 70 x 7, trazido por Jesus, é um tipo de filosofia romântica e utópica.

Não. É puro olhar realista!

Pois, sem o 70 x 7 todos nós acabaríamos assim, como esse caso da reportagem onde um homem foi morto por ter urinado no muro do vizinho. (Veja o link da reportagem: Homem morto por Urinar no muro

Todos nós!

O olho por olho dente por dente seria um câncer esvaziando a terra até só restar um humano vivo, que se suicidaria por não se perdoar de algumas coisas.

E o perdão limitado só realiza um processo mais lento, todavia, gerando mais e motivações para o olho por olho.

Quem vai correr atrás desse pai de família para matá – lo? E depois que ele morrer, quem o vingará?

E assim caminha a humanidade…

A lógica mais realista é: só o perdão e a longanimidade em perdoar, viabiliza a Vida.

Daí se dizer que Jesus é Verdade e Salvação. Não porque haja um capricho divino em relação ao que Ele é e diz. Mas porque o que Ele é e diz, pensando bem, é a única coisa que nos pode salvar, seja no nível individual ou como sociedade.

Pense bem!

Fonte: G+
Por Marcello Cunha

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Uma Marca de Deus

Pois tu, Senhor, abençoarás ao justo; circundá-lo-ás da tua benevolência como de um escudo. Salmos 5:12
Tenho-vos dito isto, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo. João 15:11

A Bíblia afirma que aqueles que creem no Senhor são como o monte de Sião, que não se abalam, mas permanecem firmes. Ela também os compara com uma águia que sobe com grandes asas e nunca se cansa ou se fadigam.

Mas, o que os fazem tão fortes? Existem realmente pessoas que parecem inabaláveis?

Fonte: www.revistapreciosa.com.br 

Sim, e como existem! E é tudo muito simples: basta confiar em Deus! É uma fé cega que nos dar força além de nossas capacidades; é uma fé que não questiona os propósitos de Deus que nos faz ir além de nossas limitações. Eu não estou falando de fé em religião, muito menos fé em homens, isso apenas frusta, pois é uma fé equivocada.

A fé genuína no Senhor nos marca com um selo invisível, que ninguém ver mas sabe que está lá; A fé verdadeira nos proporciona uma alegria espiritual (por causa da leveza do perdão) que transborda para o restante do corpo e acaba sendo perceptível por quem está próximo.

E por isto Jesus afirma: voz digo isto, para que minha alegria permaneça em vocês, e a vossa alegria seja completa!

Você sabe por que existem pessoas que tem de tudo e mesmo assim são infelizes? Você sabe por que existem pessoas que mal tem o que comer nas refeições mas possuem uma alegria contagiante?

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Que evangelho é esse?

Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Gálatas 1:6-8

A comunidade cristã de Galácia passava por sérios problemas quando Paulo escreveu, pois havia se inserido no meio deles cristãos judeus que ainda possuíam uma mentalidade institucional e legalista. Eles acreditavam que para ser salvo, tinham que não só crer em Cristo, mas também guardar a Lei de Moisés, o que inclui a circuncisão.

O mesmo infelizmente acontece hoje em todo o cenário religioso, quer seja evangélico, quer seja católico. Líderes sem escrúpulos pregam um outro evangelho que causaria repulso em nosso irmão apóstolo Paulo, até mesmo no Senhor Jesus. Usam de artifícios e de ciências humanas para enganar o povo, que na quase totalidade aceita tudo sem questionar.




Pregam o evangelho do medo, impondo um fardo pesadíssimo nas costas do povo e amaldiçoando-os com as trevas que possuem em seus próprios corações; pregam o evangelho da ganância, onde o que realmente importa é fazer um escambo com o Criador; e ainda pregam o evangelho da culpa, fazendo com que as pessoas sintam uma angústia imensa dentro de si, com o fim de tornarem prosélitos.

Pisam no único Evangelho Verdadeiro e zombam dos ensinos de Cristo, distorcendo, mentindo, amaldiçoando, roubando e até mesmo enfeitiçando aqueles que preferem a mentira. 

Mas chegará o dia, chegará o grande dia que muitos dirão a Cristo:

- Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
E Jesus lhes dirá: 


- Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.



segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Louve a Deus pelos pastores gordos

Lucinho Barreto, André Valadão e Ana Paula Valadão são apenas algumas das celebridades Gospel que no Brasil dão grande importância a imagem pessoal em seus ministérios. Desde a forma como se vestem, as roupas produzidas por suas marcas até os “amáveis” conselhos aos pastores gordos (vamos jejuar para emagrecer) a essência de sua pregação é perme
ada pelo Evangelho da Imagem: um sub produto do Evangelho da Prosperidade onde o “parecer” torna-se tão importante quanto o “ser”. Neste Evangelho não há espaço para gordos, obesos, idosos ou feios. O ministro tem que estar na moda. Como todo o lixo que aterrisa em terras brasileiras, este tipo de (lixo) pensamento também veio da América do Norte, tendo como um dos seus maiores defensores, Joel Osteen, um jovem pregador, magro, barriga tanquinho, riquíssimo graças ao Evangelho gerador de grandes polêmicas e heresias.

O texto abaixo é uma tradução de Jared Wilson e explica bem porque em dias como os nossos é melhor ter um pastor Gordinho do que um que ama demais a sua própria imagem no púlpito. Confira!

Louve a Deus pelos pastores Gordos!

Bom, mais ou menos.

Um dos maiores homens no qual minha esposa e eu tivemos o privilégio de sermos pastoreados, costumava usar calças com a cintura tão alta que o cinto praticamente encostava no peito. Ele parecia um idiota. Na verdade, quando subia no púlpito sua aparência tornava-se uma distração. Um dia, um dos caras mais antenados da igreja resolveu falar em nome do grupo. Chamou o pastor num canto para lhe dar uma dica de como vestir suas camisas para o lado de fora da calça. O pastor ouviu o conselho do rapaz, e realmente deixou de ser uma grande distração no púlpito. No entanto, o que eu mais amava no meu pastor era o fato dele não ter a mínima noção de moda. Tenho certeza de que ele pensava que se vestia bem: não andava despenteado, só não andava na moda. Mas é óbvio que se preocupar com sua imagem não era sua prioridade.

Por outro lado, costumava encontrar outro pastor local num restaurante na mesma cidade. Ele estava com uns 60 anos e se vestia como um garotão: jeans bordados, camisetas temáticas, algemas de couro e cabelos com gel. Querendo parecer legal, ele se tornou um tolo.

Na era do Pastor Metrossexual e dos sermões que proíbem o consumo de carne de porco à serviço do evangelho da Perda de Peso, nada é mais “judaizante” do que pregar a lei da dieta, exceto, talvez pregar a circuncisão. Em tempos assim, pastores que não se preocupam com a sua imagem, o seu perfil ou com sua reputação parecem mais dignos.

Agora, é claro que isso não quer dizer que devemos descuidar dos nossos corpos e da nossa saúde geral. Não tenho nada contra Joel Osteen, com sua barriga chapada. Só tenho problema quando ele prega sobre isso. Ele é, talvez, a maior fonte desse tipo de sermão superficial na América. Quero dizer, não importa o quanto ele promete abundância em seus sermões, pois o evangelho que prega é um dos mais fracos que já vi.

O amor à imagem e a superficialidade da vida vai matar a alma, roubando nosso oxigênio espiritual como a cinta do Dr. Hollywood. O homem olha para a aparência externa, é claro, e é disso que esse tipo de gente tem medo. Essa gente é quem eles tentam agradar. Quando Paulo adverte em Filipenses 3:19 contra aqueles cujo deus é o ventre, é para nós hoje como um alerta tanto para os viciados em academia quanto para os viciados em chocolate.

A busca pela imagem perfeita não é nova. Podemos ter a pele mais maravilhosa, mas não podemos fazer muito no túmulo.

Não acho que você precisa de mim para listar todas as evidências de que o evangelicalismo americano é obcecado pela imagem. O que nós precisamos é de homens (e mulheres) que liderem o caminho de rejeitar o Photoshop da fé. Seria um grande alívio. Respiraríamos aliviados se nos ensinassem a parar de nos matar em busca da imagem perfeita. Não seria esse tipo de liberdade para respirar – a liberdade de simplesmente ser nós mesmos – o fruto do Evangelho?

Não estou defendendo a gula aqui, apenas um auto-desprezo, um não-auto- consciência dos deuses do ventre. Oro por um aumento na tribo de pastores que se esquecem da importância de suas imagens, que sejam meio fora de moda ao se vestirem, que sejam sábios e que não amem a sua aparência até a morte. Ou pelo menos que não sejam obcecados com o seu lado que será captado pelas câmeras.

Prefiro um pastor gordo no púlpito, que não prega a si mesmo e nem a lei, mas o glorioso Evangelho de Cristo. E se você tem um pastor com barriga tanquinho que faz isso, bem, isso é muito bom, também.

… Ele não tinha forma ou majestade que devemos olhar para ele, e nenhuma beleza que o desejássemos. – Isaías 53:2

Tradução do texto de Jared Wilson para o blog do The Gospel Driven Church

Tradução: Raquel Elana
Fonte: Gospel+