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sábado, 6 de julho de 2019

Corações Férteis para a Palavra

Reunindo-se uma grande multidão e vindo a Jesus gente de várias cidades, ele contou esta parábola: "O semeador saiu a semear".


Seguindo o texto o Senhor Jesus conta que uma parte da semente caiu na beira do caminho, outra entre as pedras, outra parte nos espinhos e ainda outra em terra fértil. É evidente o que o Senhor faz aqui uma comparação, uma analogia: o nosso mestre gostava muito de ensinar com estórias ilustrativas, que mostrassem uma situação real para ensinar algo muito mais profundo do que aquilo que a própria "parábola" dizia.

Mas o que significa essa parábola contada por Cristo? Se atentarmos para o texto, a própria resposta segue a estorinha contada, nela é explicada que as sementes são a "Palavra de Deus", que o semeador é o mensageiro, ou pregador como preferir chamar, e o local onde cai a semente é o coração - comparado com os vários tipos de terra - e o restante das coisas citadas são para ilustrar o inimigo, e a diversas circunstâncias da nossa vida que podem nos separar dos pensamentos de Deus.

Quantos recebem a Palavra como que lançada à beira do caminho hein? São muitos que ouvem e logo logo vem o Diabo e tira aquela palavra de seu coração! Uns chegam até parecer que sofrem de um tipo raro de amnésia, escutam e esquecem como que no passe de mágica. Os terrenos (corações) pedregosos são bem mais comuns, eu creio, pois sofrimentos, tristezas, perseguição, todos ora ou outra enfrentam. Essas são as verdadeiras provações da vida, e aquele que outrora recebera a mensagem com alegria imensa, podem não compreender o motivo das "pedradas", e abandonarem o Caminhar em Cristo. Vale destacar que quando o assunto é pedrada, quanto mais próxima ela está antes de ser lançada, mais ela nos machuca - ou seja - o que nos fere mais ainda é aquela pedra atirada por quem nós amamos, nossos familiares, nossos irmãos.

Uma das comparações que mais me chama atenção é o fato do Senhor Jesus ter mencionado espinhos com relação a preocupações deste mundo e com a ilusão das riquezas. O que o levou a fazer isso? Será pelo que a preocupação exagerada perfura o nosso coração nos deixando inquietos? Talvez sim, a pessoa que vive preocupada demais com tudo e com todos, e com a vida, tem uma facilidade enorme em nunca descansar, em nunca ter paz... E esse excesso de preocupações sufocam a semente que pode até crescer um pouco - tornando-se um espécie de bonsai - mas que são incapazes de gerarem frutos, e quando geram é um fruto mutante, que não amadurece. O que dizer das religiões que vivem condicionando as pessoas à dependência dela? Bom, elas são úteis quando ensinam o cristão a caminhar com as próprias pernas - ou melhor: a caminhar com o Espírito Santo, de Cristo.

Interessante notar que a parábola é encerrada falando de terra fértil (coração aberto) e frutos. É um assunto bem interessante de se comentar, pois sempre que a palavra fruto é mencionada nas "igrejas", só referem-se a "almas", a novos "membros", a ganhar "pessoas" para Jesus, mas de acordo com a Bíblia a palavra fruto tem um significado bem mais amplo. Para o apóstolo Paulo por exemplo, produzir bons frutos é manifestar atitudes vindas do Espírito Santo:
Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. "Apóstolo Paulo aos Gálatas"
Paulo testifica com o que o Senhor Jesus afirmou bem antes dele, "toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis". 
Assim sendo, não é muito difícil conhecer uma árvore - pois os frutos manifestam aquilo que ela realmente é - não te maravilhes se ouvir absurdos cometidos por algumas pessoas, elas apenas estão manifestando os frutos daquilo que ela realmente é. E nem te assombres quando uma pessoa julgada por você mesmo como ímpio, manifestar um verdadeiro ato de amor ao próximo, apenas lembre-se: Deus é amor, aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus permanece nele. "Apóstolo João".


Texto base: Lucas 8:4-15

sábado, 25 de abril de 2015

Curas Impossíveis, mas não para Deus

E indo ele, apertava-o a multidão. E uma mulher, que tinha um fluxo de sangue, havia doze anos, e gastara com os médicos todos os seus haveres, e por nenhum pudera ser curada, Chegando por detrás dele, tocou na orla do seu vestido, Lucas 8:42-44
Imaginem uma pessoa passar 12 anos com uma doença! Pior ainda, imaginem essa mesma pessoa ter muitas posses e gastar tudo procurando uma cura e não encontrar! Sabe aquele tipo de doença que todos os médicos dizem que não tem jeito? Pois é, esse era o caso dessa mulher que se aproxima de Jesus.

Haja visto que todos os seus recursos já tinham se esgotado com a medicina, pode-se afirmar que juntamente com os seus haveres tinha ido embora toda a esperança de cura daquela mulher e por assim dizer, não havia mais saída. É o mesmo que alguém com câncer hoje em dia ouvir dos médicos um vá para casa morrer em paz, você tem 6 meses de vida... claro, com uma diferença: aquela sofredora já carregava esse sofrimento por longos 12 anos, mais de quatro mil dias derramando sangue.

Além do sofrimento com a perda constante de sangue, ela sofria e muito com o desprezo e o preconceito decorrente da lei que vigorava naqueles dias. Por exemplo, se uma mulher mesmo que sã tivesse em seu período menstrual, ela deveria ficar afastada de todos durante sete dias e quem a tocasse se tornava impuro, tudo onde se deitava tornava-se impuro, onde sentava tornava-se imundo, e se por algum distúrbio esse período durasse mais que o comum, também permaneceria imunda até cessar o fluxo e até sete dias depois (Levítico 15:19-30).

Jesus veio como um grande marco na vida dela, e certamente quando ela ouviu falar de Cristo ela deve ter pensado consigo mesma:

- O meu caso ainda não está perdido, ainda posso ter esperanças, esses médicos não sabem de nada, eu serei curada. E não precisa nem esforço da parte desse Homem, basta que eu o toque! Um simples toque, ficarei sã! Claro, o difícil vai ser ir até ele o povo me despreza tanto, quem vai me ajudar? Mas isso não importa, nem que eu vá me arrastando chegarei até ele.

E tudo acontece conforme sua fé, aliás, melhor ainda. Jesus ao perceber que D'Ele saíra poder pergunta aos seus discípulos: - Quem me tocou? Os apóstolos sem entender o motivo da pergunta, nega-os todos e Pedro toma a frente (ousado como sempre) e dar uma resposta corte em Jesus: - Ora, como assim quem te tocou? Não percebe que todos te apertam? A multidão te oprime!

Pedro como de costume apressado em responder antes de compreender, ele não tinha entendido o motivo da pergunta. Aqui, a interrogação de Jesus é igual a do Criador no jardim do Éden após o pecado de Adão e Eva: - Onde estás? (Gênesis 3:9). Assim como Deus sendo Onisciente sabia onde estava Adão, Jesus sabia onde e quem tinha tocado N'Ele, o que ele queria era que ela mesma se manifestasse. E depois disso Jesus conforta-a dizendo:

- Filha a tua fé te salvou, vai-te em paz!

Jesus não somente cura os doentes quer sejam na carne, quer seja no espírito - Jesus também liberta, e assim não poderia ser diferente, o nosso mestre não é carcereiro. Aqueles que hoje se encontram com Cristo pela fé, são curados com a permissão de Deus, são libertos pela graça das amarras do pecado que prendem o homem como vícios destrutivos. E mais que isso, têm o privilégio de receber o discernimento e a sabedoria do Espírito Santo para prosseguir.

Que o Senhor Jesus abençoe sua caminhada terrena e lhe proteja em todos os seus passos!

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Onde Está a Vossa Fé?

Despertado, repreendeu o vento e a fúria da água; eles cessaram, e houve bonança. Então lhes perguntou: Onde está a vossa fé?

Uma das coisas mais interessantes em relação a fé, em minha opinião, é o fato de que ela não precisa de circunstância externa favorável para ser posta em prática, assim como disse o escritor aos Hebreus fé é convicção, é certeza, mesmo naquilo que não consigo ver.

Aqueles homens tinham todos os motivos para não temer, eles já haviam presenciado vários milagres, inclusive a ressurreição de um menino - frente a duas multidões - na cidade de Naim. 

Mas, por que temiam? Por que mesmo estando na companhia de Jesus eles tiveram medo da morte? 

Eles assim como a maioria de nós, olharam apenas as circunstâncias desfavoráveis; olharam para o problema e tiveram medo; se deixaram vislumbrar pela agitação das águas, pela força do vento, pela inquietação do barco e pensaram: vamos morrer! Certamente o barco vai encher de água e afundar. O mesmo acontece conosco quando temos um problema e de tão impressionados com o tal, acabamos esquecendo ou ignorando que nada, nada mesmo, escapa dos olhos do Criador. E mais ainda, eu creio que nada daquilo que aconteça está fora da "permissão" de Deus.

Quando certezas como essa começam a fazer parte de nossa consciência, recebemos de Cristo uma paz incompreendida pelo mundo - uma paz inexplicável - que não depende daquilo que me acontece; não depende daquilo que eu tenho; não depende apenas se estou bem de saúde e com uma razoável quantia para sobreviver. Essa paz que vem da confiança em Cristo, ela supera tudo isso, ela ultrapassa as circunstâncias, ela supera em muito a razão. Quando aprendemos a confiar em nosso Criador e em nosso Salvador conjuntamente, recebemos em nosso coração uma paz de vem de dentro e transborda como um manancial de águas vivas.

Você já viu alguém muito doente, um familiar ou um amigo, e ficou se perguntando por que aquela pessoa não desanimava nunca e continuava lutando, ou mais ainda - agindo como se não estivesse doente? 

O nome disso é fé! E isso faz a diferença na vida daquele que crer em muitos aspectos. E melhor ainda se essa fé for concentrada na pessoa certa: n'Aquele que veio a este mundo e deu a sua vida por amor a nós! Além disso, se a sua confiança está no Criador de todas as coisas (e que sabe todas as coisas), você será capaz de compreender de tudo aquilo que lhe acontece, independente se te parece bom ou ruim, você entenderá que Deus sabe todas as coisas, e que Ele te ama - e que mesmo não parecendo as vezes: o Pai quer o melhor para os seus filhos.

Filho rebelde ou não, o bom Pai sempre irá receber-lo de braços abertos e com muito amor. Quem escolher viver com Deus, sempre será bem recebido por Ele. Sempre será confortado, salvo das tempestades da vida, e descansará na carne para viver ao lado d'Ele - eternamente.

Quer desfrutar da bonança vinda de Cristo? Crer somente, tudo é possível ao que crer!

Texto base: Lucas 8:22-25

sábado, 18 de abril de 2015

A Quem Você Imita?

Jesus, porém, despediu-o dizendo: Volta para tua casa e conta tudo o que Deus te fez.

Uma das grandes diferenças do grande Mestre e Senhor de todas as coisas, para os demais que se acham mestres no ensino, ou líderes de crianças espirituais - é que o Senhor Jesus Cristo, o Salvador, é coerente. Ele, mais do que ninguém, tem uma mensagem específica e um propósito certo a cada um que D'Ele se aproxima. Isso mesmo, Jesus não é redundante, nem repetitivo, nem monótono - Ele não é chato!

E como Ele tem uma mensagem específica e diferente para cada um que D'Ele se aproxima, com um endemoniado não poderia ser diferente. Aquele pobre homem descrito em Lucas 8, a partir do verso 26, já era muito atormentado pelo espíritos ruins, pensamentos ruins, atitudes péssimas com o próprio corpo - tudo impelido por uma força interior que ele mesmo desconhecia - nem mesmo algemas o impedia de violentar o próprio corpo tamanha era a força que o dominava. Mas e Jesus, como o tratou?

O nosso Mestre é recebido com gritos por aquele homem: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo?! Gritava o pobre atormentado e possuído. E como Ele reage? Ele começa a gritar com o homem? Não! Ele começa a espancar aquele coitado chamando-o de possesso? Não! Ele é misericordioso, e pergunta: Qual é o teu nome? E em seguida concede-lhe a sua vontade, aliás, vontade daquilo que o habitava.

Depois de ficar em sã consciência, o geraseno senta-se aos pés de Jesus para ouví-lo ensinar - o que nos mostra que Jesus não era do tipo gritador - não aqui, nem em várias outras passagens registradas. Ele tinha autoridade sem ser mandão, Ele confrontava as pessoas com o seu carisma, sem ser chato e invasivo, Ele conhecia o interior de cada um, e mesmo assim - não ficava julgando os outros por seus pecados. Ele diferentemente da maioria dos que se dizem seus seguidores, sabia acolher aqueles que eram desprezados e condenados pela sociedade e principalmente pelos líderes religiosos. Para Cristo, o maior pecado não era o adultério, que tinha como pagamento o apedrejamento segundo a lei mosaica, para o Senhor Jesus pior mesmo era não se enxergar como "pecador", e por assim dizer: quem não tiver pecado, atire a primeira pedra!

É fácil você apontar o dedo na cara do próximo e chamá-lo de adúltero, ladrão, homicida, mentiroso, orgulhoso, impuro, pecador, etc... porém, Jesus não era assim - ou melhor, não agia assim, não acusava assim! Então quando assim agimos, não é ao nosso Mestre que estamos imitando. Que age desta maneira está imitando aos fariseus da época de Jesus, sendo hipócritas assim como eles eram e ainda são!

Como comentei no início o nosso Senhor é coerente e tem uma mensagem para cada um, e para aquele que recentemente havia sido liberto por ele a mensagem foi: volta para a tua casa e conta tudo o que Deus te fez. Veja bem, Jesus não disse: Deixa tudo e siga-me como já havia dito para alguns dos seus apóstolos, nem pediu que este fosse ao templo apresentar sacrifício como dissera ao curado de lepra - Jesus o despede e convida-o a dar testemunho para os seus familiares. Jesus não pede-o que deixe a sua família, ao contrário: vá e conta tudo para os teus.

Onde vemos esse tipo de atitude imitando o Enviado de Deus à terra? Onde? ...Você já ouviu alguém dizer a outro depois de ministrá-lo uma Palavra que supostamente é de Deus: vá e conte tudo para os seus? Eu ainda não. O que ouço frequentemente é: Venha, volte, e se tua família não vier, ore por eles - faça a sua parte! Venha, sente-se e escute!

Percebe a diferença?

Eu sinceramente não sei qual a mensagem de Deus para você, Cristo é coerente e eu não quero ser diferente D'Ele. Também não quero cometer o mesmo erro feito por Pedro, que após ouvir de Jesus que era bem-aventurado ficou se achando o cara a ponto de exortar o próprio Jesus, se achando um oráculo andante de Deus na terra - e ouvindo de Cristo um arreda para trás de mim Satanás. Compreende querido(a)? Não podemos cometer o equívoco de achar que todas as nossas vontades são revelações de Deus: o Criador fala quando quer, e do jeito que quer! 

Somos apenas filhinhos D'Ele caminhando em graça, e muito do que dizemos (a maioria com certeza), é apenas nossa percepção limitada e errônea visão humana.

Texto base: Lucas 8:26-39

sábado, 11 de abril de 2015

Luz do Mundo

Ninguém, depois de acender uma candeia, a cobre com um vaso ou a põe debaixo duma cama!

Essa frase é mencionada por Cristo logo após a parábola do semeador, o que nos faz entender que aquele que semeia a Palavra além de ser um meio para propagação do Evangelho pela sua boca, também torna-se uma pessoa iluminada por uma luz diferente. Em outro texto o Senhor Jesus afirma vós sois a luz do mundo, então brilhe a vossa luz diante dos homens. 

Uma vez iluminado pela luz do verdadeiro Evangelho, pela luz que vem do alto, a pessoa torna-se brilhante aos olhos dos outros. Não brilhante no sentido ser estrela, ser famoso, ser espertalhão, mas brilhante no sentido de ser totalmente diferente e de possuir um brilho na face que é inexplicável, percebe-se que há algo diferente, mas não se sabe dizer o que é. Além do mais, quando nos é afirmado que a nossa luz deve brilhar diante dos homens, existe também outro sentido bem mais interessante: a claridade e pureza das boas obras quando feitas em Cristo, deve ser testemunho claríssimo daqueles que se dizem cristãos. Existe uma grande diferença entre aquilo que é feito em amor (em Deus), daquilo que é feito para glória própria (trapos de imundície, conforme Isaías). Mas, não cabe a nós julgar uma ou outra - Deus o sabe!

Assim como uma vez acesa a chama ela deve brilhar em local exposto, para que os outros vejam e glorifiquem a Deus, também há o outro lado dessa moeda. Chegará o dia em que nada daquilo que hoje é oculto, continuará sendo; chegará o dia onde tudo será manifestado, e tanto o bem como o mal de cada um será exposto. Pessoas que aparentemente "não servem a Deus", serão recebidas na glória para surpresa de muitos, pois criam no sacrifício do Filho, e viviam a simplicidade do Evangelho encarnado em suas vidas através do amor, da misericórdia e do perdão; pessoas que buscavam a Deus (sem tocar trombeta para aparecer) no interior de seus quartos e que nunca gostaram de se exibir como os hipócritas fazendo longas orações nos templos e de pé para serem vistos (Mateus 6:5-6).

Pessoas que praticam a pura e verdadeira religião mencionada na Bíblia, e que não consiste em doutrinas ou catedrais, mas em misericórdia; essas pessoas virão de todos os cantos do planeta (Mateus 8:11) e se assentarão à mesa no Reino dos Céus.

Infelizmente, quer dizer - felizmente, aqueles que apenas aparentem ser alguma coisa, que tem aparência de piedade mas ocultamente praticam as piores coisas... Esses que exploram os outros com todo tipo de artimanha do inimigo, e que aproveitam-se das pobres viúvas para enriquecer, ah meu querido: a justiça de Deus não falha. Não estou aqui desejando o mal a ninguém, não, não é isso, a minha vontade era que verdadeiramente esses mercadores da terra se convertessem ao Evangelho, e fossem salvos. Mas, em toda a Bíblia há exortações a eles, e a respeito dos tais é dito que ficarão bem longe de Cristo, bem longe!

Tudo aquilo que é feito as escondidas, desde a menor maldade que possa existir no coração humano, como lavagem de dinheiro por lideranças religiosas que usam do artifício ofertório para justificar quantias exorbitantes, até a pior das atitudes que alguém pode fazer ao seu próximo, tudo será revelado, tudo será manifestado. O que foi dito em segredo, será anunciado nos palcos; e o que foi feito a noite, será divulgado a luz do dia para que todos vejam.

Qual o segredo em seu coração? Existem culpas e/ou pecados não confessados e não abandonados? 

Saiba, o Senhor Jesus está disposto a perdoar, e apagar todos os nossos erros - e jogá-los no mar do esquecimento! Ele está com você 24 horas por dia, Ele é onipresente e onisciente: está em todos os lugares através do seu Espírito e de tudo é conhecedor. Mas Ele também é onipotente: para Ele não há impossível, e tudo pode fazer por você.

Você crer?

Texto base: Lucas 8:16

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Servas da Verdade, em verdade

No capítulo anterior vimos o Senhor Jesus sendo surpreendido pela fé de um centurião e pela adoração excelente de uma pecadora que se lança aos seus pés molhando-os com lágrimas e perfume, e também beijando-o e enxugando com os cabelos. Além disso também presenciamos ali o Senhor ressuscitar o filho de uma viúva, devolvendo a ela a esperança em viver e a felicidade, e dar testemunho de si mesmo a João Batista - o que é uma exceção no ministério de Cristo, me parece que o nosso mestre não gostava muito de publicidade - e do próprio João para os seus discípulos.

Na sequência Ele segue sua jornada pelas aldeias e cidades próximas, pregando as boas novas - boas notícias - do reino de Deus. Dar até para imaginar a cena:

Um homem com roupas comuns, nada de elegante ou granfino, seguido por doze homens do povo, escolhidos por Ele e que sempre o acompanhava - seus apóstolos - e para contrariar a época em que vivia, algumas mulheres por Ele curadas, dentre elas Maria Madalena.

Como assim contrariar a época em que vivia?

Como já havia falado, as mulheres não tinham muitos privilégios - aliás, legalmente falando elas eram proibidas de tudo e viviam submetidas a todas as punições civis e penais que se possa pensar - era comum que elas vivessem trancadas em suas residências com janelas, quase sempre, construída com grades para que os passantes nem mesmo vissem seus rostos. Para se ter uma melhor ideia, era pecado grave um homem se dirigir a uma mulher.

Claro que o nosso Senhor e Salvador deixou perplexa muita gente, principalmente os legalistas e moralistas religiosos - os fariseus. Mas, estou convencido de que essa não era sua missão, Ele veio, independentemente do que alguns pensaram a seu respeito, salvar, libertar, ensinar, se oferecer como sacrifício para pagamento de nossas dívidas e para proclamar as boas notícias do reino de Deus. Reino esse que tem uma autoridade - um Rei - que está presente espiritualmente e o seu poder emana dos céus. Reino também este, que participam aqui mesmo na terra aqueles que se deixam ser orientados e guiados pelo poder do Espírito Santo.

Essas mulheres outrora doentes, pecadoras, e algumas até dominadas por espíritos malignos, agora seguiam e serviam aquele homem tão humilde e portador das mais sábias palavras já ouvidas. Elas eram servas com suas presenças, suas ajudas e pequenas posses - estavam ali para prestar serviço por amor e gratidão àquele que lhes devolvera a liberdade. Ali permaneciam porque sabiam também que não encontrariam em nenhum outro lugar, as palavras da vida Eterna!

Se continuarmos estudando as Escrituras, veremos que "elas" estavam presentes nos momentos mais importantes da história do nosso Senhor aqui, nesses mundo - antes e após sua ressurreição.

Bem-aventuradas sois vós: mulheres!

quarta-feira, 11 de março de 2015

Adoração extravagante

Um dos religiosos (fariseu) da época do Senhor Jesus o convida para ir ter com ele em sua casa para uma refeição. E certa mulher, pecadora, ao saber da visita entra e fica aos pés do Cristo chorando, beijando-o, e molhando-lhe os pés com um perfume caríssimo.

A cena é forte! Aquela mulher não somente regava os pés do Nazareno como também usava os próprios cabelos para enxugá-lo.

O cenário aqui é incrível, e para compreendermos melhor o que se passa temos que fazer uma viagem no tempo e analisar como e quais eram os costumes da época. Um exemplo é a forma como a mulher era tratada a uns 2 mil anos atrás, em Israel, elas eram como um objeto para o marido e existiam somente para atender as vontades do seu “dono” esposo. Durante as refeições por exemplo, a mulher esposa nem sequer podia sentar a mesa, deveria se manter de pé por perto, no caso do cônjuge (rei) precisar de algo. E o agravante aqui é claro, esta nem mesmo era esposa do fariseu que estava oferecendo o jantar, era uma pobre pecadora sem marido.

Mas, o que ela estava fazendo ia entrar para a história da cristandade. Apesar de sua forma extravagante de adorar ao mestre da Vida e até mesmo escandalizar um dizimista fiel ali presente, aquela pobre mulher não se importa com os comentários e com os maus pensamentos que poderiam ter a seu respeito. Ela acima de tudo mostra submissão, quebrantamento e devoção àquele que mais tarde perdoaria seus pecados e salvaria a sua vida.

O devoto à Torá (cinco primeiros livros da Bíblia Sagrada) diante da cena, pensa consigo mesmo:

* Se este homem fosse profeta, saberia quem é a que o toca e que sorte de mulher é, pois é uma pecadora.

Assim como muitos ainda hoje, duvidam da fé de outros por causa de sua misericórdia para com os pecadores, aquele senhor não somente desacredita em Jesus como messias, ele duvida até mesmo da possibilidade deste ser um simples profeta. Imagina, como pode um profeta não saber de quem se aproxima? Isso é um absurdo, deve pensar ele.

O nosso Senhor conhecendo os pensamentos dele, confronta-o perguntando:

- Simão, tenho uma coisa para te dizer; Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinquenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou a dívida a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais?

A resposta de Simão não poderia ser outra, o que devia mais! Jesus começa a mostrar-lhe o quão falho o anfitrião estava sendo se comparado àquela mulher. Ele nem mesmo ofereceu água para lavar os pés do Senhor Jesus, a mulher, regava-lhe com lágrimas e enxugava com os cabelos; isso sem falar nos beijos constantes que ela dava nos pés do mestre, no perfume caro que ela desperdiçou (se é que posso usar essa palavra aqui).

O nosso Salvador ali presente, não se contenta apenas com a aparência das pessoas, Ele procura o que realmente está no interior de seus corações, e se houver, com certeza Ele enxergará o que há de mais precioso em cada pecador que encontra. Ele também nos ensina uma grande lição: quanto maior a dívida perdoada de alguém, maior será a gratidão dessa pessoa, maior será sua devoção, sua atitude como resposta ao presente recebido.

Aqui, não foi o religioso Simão que nos deixou uma mensagem de gratidão, de amor, e de submissão a Deus, foi uma pecadora quebrantada diante de Cristo.

Já pensou em adorar ao Seu Salvador independente do que digam ao seu respeito? Já pensou em se humilhar aos seus pés e reconhecer que só Ele é digno de honra e de adoração?

Saiba, o nosso Deus, Jeová, não resiste a um coração quebrantado! Que o Senhor te abençoe e te guarde.

Texto base: Lucas 7:36-50

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Os Irmãos de Jesus

Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a observam. "Jesus Cristo"

Quando Jesus de Nazaré estava fisicamente aqui na terra ele tinha mãe e irmãos, diz as Escrituras. Claro, eram familiares do Jesus homem, consanguíneos da natureza humana de Jesus. Nisso não há dúvidas nem sombra de variação - mãe é mãe, irmãos são irmãos.

Peraí: Jesus tinha irmãos? Jesus não era filho único? E Maria, não permaneceu sem conhecer seu esposo José após o nascimento de Cristo? Eu não pretendo atacar a fé de ninguém, estou apenas fazendo uma análise do que está escrito.

Sinceramente, eu creio que se formos sinceros ao lermos as Escrituras concordaremos que ele, como homem, não era filho único de Maria, isso porque os textos que confirmam isso são vários. Há quem diga que a Bíblia se refere muitas vezes a primos, usando o termo irmãos, mas, isso não tem muito sentido principalmente pelo fato da palavra primo ser mencionada em outro livro, em Colossenses 4 por exemplo Paulo cita Marcos como primo de Barnabé. Seria muito incoerente usar a palavra primo aqui, se ela realmente fosse substituída pelo termo "irmãos".

Toda essa história de que Jesus não tinha irmãos, surgiu no século VII - no concílio Lateranense - e tinha como fundamento a defesa de que Maria permaneceu virgem (dogma religioso apenas). Não só o escrito de Lucas, mas também de Marcos 3, de João 7 e de Atos 1 mencionam "irmãos de Jesus". Além disso, no relato de Lucas capítulo 2, ele se refere a Jesus como filho "primogênito" de Maria, ou seja, primeiro. Por que ele não disse: filho unigênito?

Bom, vamos deixar um pouco essas questões de lado e vamos olhar outra coisa: As Escrituras falam de Cristo como Filho Unigênito de Deus, em João 3:16. Assim, onde entram os demais filhos do Criador nessa história?

E é justamente aí que entra a resposta do nosso Senhor: minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem e observam a Palavra de Deus. Em outro texto afirma que Ele veio para o que era seu e os seus não o receberam, mas a todos que o receberam, aos que creem em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus (João 1). Grande é esse mistério se Deus não te revelar, porém, não é complicado de se entender que somos filhos por adoção como afirma o apóstolo Paulo:
Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temer, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: "Aba, Pai". Romanos 8:15
Mas, e quais são os benefícios de se tornar filho? São muitos com certeza. E as promessas e esperanças imensuráveis. O Pai celestial é eternamente gracioso e misericordioso, e pode fazer infinitamente mais do que tudo aquilo que pedimos ou podemos imaginar, afinal, Ele é Deus!

E você meu querido crer nessa palavra? Você tornou-se filho de Deus Pai por adoção, pela fé no filho unigênito de Deus e filho primogênito de Maria?

Quem nasce da carne é carne, mas quem nasce do Espírito é espírito!

Texto base: Lucas 8:21


segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O que a Bíblia diz Sobre: Egoísmo

O isolamento social cada vez mais presente em nossa realidade, talvez devido ao uso excessivo tecnológico em detrimento do diálogo tete a tete, tem adoecido jovens e adultos por todas as partes do globo. Uma mídia que nos bombardeia o tempo todo com uma série de "modinhas" que aos olhos de muitos é "sã doutrina", tem destruído rapazes, moças, adolescentes e adultos, com vícios tidos como super normais e até mesmo forma de se mostrarem superior aquele que está próximo.

Assim caminha a humanidade, sendo doutrinada diariamente pela mídia e todos os meios de comunicação a isolarem-se de forma mais acentuada em seus mundinhos, ignorando o tato, o contato, e todas as virtudes vindas de um relacionamento pessoal, saudável e "normal", e optando-se pelo eu em primeiro lugar, pelo conforto excessivo e doentio, pela troca fria de momentos em "fotos", de mensagens sem sentimento em *redes sociais, dentre outros. A era do egoísmo tecnológico e deformação do caráter expande-se com grande força, e pessoas tem morrido por conta disso.

A enciclopédia livre virtual define egoísmo como hábito ou atitude de uma pessoa colocar seus interesses, opiniões, desejos e necessidades em primeiro lugar, em detrimento ou não do ambiente e das pessoas com que se relaciona. E isso é justamente o oposto de altruísmo! Exemplos de atos egoístas são consumismo, totalitarismo, e doutrinação com o intuito de obter vantagens para si mesmo, nas religiões, a manutenção de práticas de já caíram em desuso, mas que insistem em ensinar para não perderem suas "regalias".

Mas, o que a Bíblia Sagrada diz sobre egoísmo? Fiz uma busca e só encontrei essa palavrinha uma vez, citada por Paulo entre as obras da carne na carta escrita aos Gálatas. Lá ela é posta em pé de igualdade com impureza, imoralidade, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, discórdia, ciúmes, iras, dissenções, facções, inveja, embriaguez e orgias.  De exemplos de egoísmo a Bíblia está recheada, e um dos mais graves, eu diria, é o pecado premeditado de Davi, que interessado na mulher do amigo, coloca-o em posição de risco para que ele morra e sua mulher fique viúva - ou seja, para o caminho ficar livre - claro que nesse exemplo não foi apenas o pecado de egoísmo que o rei Davi praticou, teve muitos outros inclusos nesses único ato, mas cito a título de exemplo, apenas, depois ele se arrependeu do que fez.

E quem não conhece a história dos patrões de uma moça com o espírito adivinhador, que recebiam muito lucro por causa das adivinhações dela, mas quando ela fora "curada" por Deus através de Paulo, eles (os patrões) arrastaram Paulo e Silas à praça e começaram a acusá-los diante de todos, e mais tarde, foram presos e açoitados! Por que fizeram isso com eles? Egoísmo! Perderam sua fonte de lucro! O registro desse fato está em Atos 16:16-23.

Uma outra história onde podemos encontrar exemplo de egoísmo está em Marcos 5, mas essa deixo para você caro irmão, se quiser compartilhar, fique à vontade!

Não vamos deixar que atitudes como essa prevaleça em nossa rotina, ao contrário, se acontecer, que seja raramente e acompanhado de pedidos de perdão e súplicas ao Pai Celeste, altruísmo sim - compartilhe, viva, ensine, sempre que tiver oportunidade!

sábado, 27 de dezembro de 2014

A Fé que Agrada

Muitos continuam achando que receberão aprovação do nosso Pai celeste através da prática daquilo que está na Lei... O espírito do engano paira sobre as igrejas e muitos vivem na ilusão das ofertas, dos sacrifícios, do guardar o sábado, de usar ou deixar de usar determinada roupa, ou até mesmo do dizer não a certos tipos de adereços, sim, adereços, e aí se incluem uma série de coisas como colar, anel, relógio, batom, enfim, é uma enorme coleção de práticas que acabam confundindo muitos crentes.

Afinal, posso ou não usar jóias? Posso ou não usar bermuda/calça? Devo ou não pagar dízimo? E quanto ao sábado, o que fazer? Tenho que fazer sacrifícios como antigamente para tirar meus pecados?

O apóstolo Paulo faz uma pergunta interessante aos Gálatas: Gostaria de saber apenas uma coisa, foi pela prática da lei que vocês receberam o Espírito, ou pela fé naquilo que ouviram? (Gl 3:2) - Ao analisarmos este verso, percebemos que a única maneira do homem se reconciliar com Deus é através da fé e não pela prática da lei; O Espírito Santo repete o pensamento em Hebreus 11:6 - Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, pois é necessário que aquele que dele se aproxima creia que Ele existe, e que é recompensador daqueles que o buscam. 

Ora, está evidente que a fé é suficiente para agradar a Deus, a fé verdadeira que transforma o nosso coração fazendo-nos amar a Deus como ele mesmo pede, e não por aparências, pois ela muda o nosso pensar, e sem ela é impossível agradar verdadeiramente o Criador. Em outro versículo lemos - Já os que são pela prática da lei estão debaixo da maldição, pois está escrito, maldito toque aquele que não persiste em praticar todas as coisas escritas no livro da lei (Gl 3:10) - Ao afirmar isso o apóstolo Paulo não está inibindo a lei, o que ele está afirmando é que se tivermos que viver por ela devemos praticar todos os mandamentos, e isso inclui mais de 600 ordenanças, se deixarmos apenas "um" de fora seremos condenados.

Ele vai mais a fundo no versículo 4, do capítulo 5 da carta aos Gálatas, e diz - Vocês que procuram ser justificados pela lei, separaram-se de Cristo; caíram da graça - observem irmãos o que afirma-se aqui, quem tenta ser justificado pela prática da lei está separado de Cristo; quando nos julgamos justos por praticarmos a lei estamos dispensando o sacrifício do cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, estamos dando as costas para o sacrifício de Cristo, e isso nos leva para um caminho escuro e cheio de armadilhas.

Que sejamos livres, mas, livres para fazer a vontade de Deus em fé - e não a vontade de homens! Livres para viver pela graça, mas isso não tem nada a ver com libertinagem. Vejam: Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; pelo contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor (Gl 5:13) - muitas pessoas confundem vícios da carne com liberdade, acham que fazer o que bem entendem significa "ser livre", quando na realidade estão presos às próprias paixões, totalmente acorrentados pelos vícios.

Um outro fato interessante é o correr atrás das bênçãos terrenas, das glórias deste mundo, das prosperidades como promessa de Deus. Será se isso alegra a Deus? Esse "ir" para ser abençoado terrenalmente agrada aos olhos do nosso Senhor? Mas afinal, quem não quer ser rico? O culto a mamon é moda agora nas "igrejas", enquanto o negue-se a si mesmo, e isso inclui negar a ganância, e o conformar-se com o que tem, virou heresia ou sinônimo de irmãos que estão em pecado. Está escrito - Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o espírito, do Espírito colherá a vida eterna (Gl 6:8) - Percebem? O texto fala de destruição, não de bênção, destruição é treva, é morte, é tudo que o inimigo quer, que nos percamos com as glórias terrenas.

Não estou afirmando que devemos virar mendigos, ou deixar de trabalhar, não é isso, mas devemos parar de agir assim, aliás, devemos parar de praticar essa fé baseada na ganância: ah, vou ofertar porque Deus vai me abençoar "para eu" ganhar mais; vou fazer porque vão "me aplaudir"; vou dizimar porque Deus será "obrigado" a me "fazer próspero";

Nossa, quanta cegueira espiritual e mediocridade. Quem semeia para a carne colhe destruição, mas quem semeia em Cristo colhe a vida eterna. Quer fazer barganha com Deus? Se sua resposta é positiva, desculpa-me a sinceridade, acho que está vivendo (espiritualmente) na era errada, não na graça!

Graça é favor imerecido, a alguém não capacitado pelos próprios méritos, mas simplesmente por Cristo... Graça é descanso no espírito, é consolo para a alma, pois em Cristo - Deus estava reconciliando consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos homens - 2 Coríntios 5:19
- Se faço alguma coisa é apenas um reflexo daquilo que já recebi, é também por gratidão e não por ganância.




sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

O que a Bíblia diz sobre: Dízimos

Um "pastor" pergunta no programa a Bíblia Responderá:
A Bíblia fala em Malaquias 3:10 que nós devemos trazer os dízimos e ofertas a casa do Senhor; e que por nossa causa ele repreenderia o devorador e perguntaram para Deus em que o povo tava roubando e Deus falou, olha a nação toda me rouba nos dízimos e nas ofertas e por isso a nação é amaldiçoada. Há uma certa denominação neo pentecostal que prega que devemos dar o dízimo e que além do dízimo devemos fazer sacrifícios, pois se queremos algo de Deus, devemos fazer um sacrifício para Ele pedindo aquilo que queremos e que Deus estaria numa condição de "obrigado" a fazer aquilo que queremos. Como funciona isso: qual a diferença entre o velho e o novo? Se há algum novo mandamento? E o que deve ser obedecido no velho e deve ser obedecido no novo?
Resposta:

Vamos ler Malaquias 3:8-10 - Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.

Para quem Deus está falando essas coisas? Para quem Deus está falando isso? Para Israel, Malaquias 4:4 Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, que lhe mandei em Horebe para todo o Israel, a saber, estatutos e juízos. Uma dessas ordenanças é o dízimo, é o pagamento do dízimo. Agora eu pergunto a vocês - no texto inicial de Malaquias 3:8 até 10 com quem Deus está falando? Israel, correto? Não, não e não! Releia o texto por favor, com calma... vai perceber que Deus está falando com os Israelitas que não estão pagando o dízimo. Pois é uma lei para os Israelitas pagar o dízimo à tribo de Levi, entretanto haviam aqueles que estavam na nação de Israel que não estavam pagando o dízimo, não estavam dando o dízimo. Por isso Deus diz a eles, trazei todos os dízimo a casa do tesouro, portanto, esses roubadores, esses ladrões são os israelitas que não estavam levando os dízimos a casa do tesouro aos Levitas.

Entretanto, quem são os que pagam o dízimo? Vamos ler Mateus 23:23, o que disse Jesus - Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas. 

Nesse versículo o Senhor Jesus Cristo está pedindo dízimo? Não, absolutamente não. Porque os escribas e fariseus dais, ai de vós escribas e fariseus hipócritas porque dais. Este pronunciamento do Senhor Jesus não é um mandamento, Cristo não está dando um mandamento, o que ele faz é repreender aos fariseus e escribas hipócritas que estão dando o dízimo, eles estão pagando o dízimo, e estão negligenciando os aspectos de maior importância concernentes a lei, a justiça, a misericórdia e a fé, eles estão sendo negligentes nesse aspecto. Portanto vocês não podem usar este versículo para sustentar o vício caprichoso dos auto-denominados pastores, especialmente aqui do Brasil, que utilizam este versículo para sustentar essa pedição de dízimo, toda hora pedindo dízimo e usando esse versículo sustentando a teoria do dízimo deles, este versículo não pode ser utilizado para manter o processo do dízimo, isso não pode ser baseado nesse versículo.

Dar dízimo é parte da Lei de Moisés destinado aos Israelitas. Na era cristã estamos nós sob a Lei de Moisés? Vamos ler Atos 13:39 - E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê. Por Cristo é justificado todo aquele que crê, portanto na era de Cristo você não pode ser justificado pela prática da Lei de Moisés, na era de Cristo é crer verdadeiramente em Cristo. Pois você não pode ser justificado pela Lei de Moisés no tempo de Cristo!

Vamos ler Hebreus 7:12 - Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei. Necessariamente, portanto existe uma mudança na lei. E que sacerdócio é esse que foi mudado?  Vamos ler Hebreus 7:5 - E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão. Ponto final nessa questão, para começar: será que algum desses pastores que cobram dízimos é sacerdote Levita? Será que eles podem provar para você e para mim, ou para qualquer um de nós que eles são sacerdotes da casa de Levi?

Eu desafio a todos os pastores aqui do Brasil a provar para mim que eles pertencem ao sacerdócio Levita! E depois que eles provarem aí sim podem coletar o dízimo!

Entretanto eles não podem provar! Por que? Alegando que são cristãos vocês não tem como provar que são sacerdotes Levitas! Por que? Porque Cristo, o nosso líder, não é sacerdote Levita! Por que? Hebreus 7:14 - Visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio. Amém?

São 12 as tribos de Israel, e uma dessas tribos é a tribo de Judá, de onde veio o Senhor Jesus Cristo; Ele não veio da tribo de Levi! Como então esses "pastores" do Brasil são duas caras? Por que? Porque se você alega que é cristão então você não está servindo ao sacerdócio Levita, pois o Senhor Jesus Cristo veio da tribo de Judá e não da tribo de Levi, tribo da qual Moisés nada falou a cerca de sacerdotes, ou seja, não há sacerdotes na tribo de Judá.

Para você querer provar que é sacerdote Levita e ter o direito de coletar dízimo, então você tem que rejeitar o título de Cristão! Ai dos "pastores" do Brasil! Ai dos "pastores".

Fonte: http://ocaminhoantigo.tv

A cada distorção do Evangelho que ouço sendo dita para 20 pessoas, sinto-me motivado a compartilhar a verdade de Cristo com pelo menos 200! Ou você ler a Bíblia a partir do Senhor Jesus Cristo, e com os olhos do Senhor Jesus, ou estará sujeito aos mesmos erros e manipulações doutrinárias ensinadas na religião de um modo geral. Com carinho e em Cristo Jesus nosso Senhor, irmão Braz!


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Apenas Cinco Peixinhos

Na cidade de Betsaida Jesus e os seus discípulos, como de costume, acolhe uma grande multidão e fala-lhes a respeito do Reino de Deus ao mesmo tempo em que cura os enfermos.

À tardinha algo incomoda os discípulos e eles pedem ao Cristo: "Manda embora a multidão para que eles possam ir aos campos vizinhos e aos povoados, e encontrem comida e pousada, porque aqui estamos em lugar deserto".

Claro, qualquer um com bom senso iria ficar incomodado com uma quantidade enorme de pessoas, sem ter alimento suficiente para lhes oferecer, e entrando no contexto da fé, esses escolhidos de Jesus esqueceram totalmente quem Ele realmente era. Deixaram levar-se pela lógica, pelo possível, pelo visível, pelo aparente, e por um relapso de tempo, abandonaram o significado de andar com aquele que não só é o mestre da vida, mas também o próprio pão vivo descido do céu.

O escritor aos Hebreus afirma que a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a convicção das coisas que não se veem. Desta forma, dificilmente Deus age onde o possível do homem é palpável, é lógico e totalmente viável, ao contrário, o Criador opera principalmente onde existe aquilo que aos nossos olhos parece impossível, daí o nome "milagre".

Aqui, até parece que os apóstolos tiveram o surto de amnésia de tudo aquilo que já tinham presenciado e vivido ao lado de Jesus, o nazareno. E que resposta eles recebem do Salvador? Dêem-lhes vocês mesmo o que comer! Trazendo para a nossa cultura, se virem! E continuando eles agindo pela carne e sem a manifestação da fé, respondem: Temos apenas 5 pães e 2 peixes, a menos que a gente vá comprar alimento para toda essa gente, é impossível alimentá-los acrescento eu.

Em seguida ocorre aquilo que chamamos de primeira multiplicação dos pães, onde um único pão, fazendo uma média, alimenta cerca de mil pessoas, e ainda sobra 12 cestos cheios, havia ali em torno de 5 mil pessoas. Como acreditar em coisas como essa? É possível 1 pão alimentar 1000 pessoas? Claro que não! Mas estamos falando daquele que morreu e três dias depois reviveu, ressuscitou, venceu a morte.

Não sei o seu ponto de vista em relação a coisas como essa, que entram no âmbito da fé, mas lhe pergunto: Você sabia que até mesmo os livros de história falam de Jesus de Nazaré? E mais: Você sabia que mesmo com toda segurança romana e religiosa da época em que Ele foi sepultado, em relação ao seu túmulo, para que ninguém roubasse o corpo dele, mesmo assim, o seu túmulo está vazio, você sabia!? Não há vestígios de ossos desse Jesus em Jerusalém, nem nunca houve, sabe por quê?

Porque Ele está vivo, Ele reviveu, e várias pessoas foram testemunhas ocular disso. Parece loucura? Creia, dê um passo de fé, e experimente convidá-lo para fazer morada em seu coração!

domingo, 30 de novembro de 2014

27 - A Ceia Apostólica

Diferentemente da ceia natalina que tem um sentido pagão em si mesmo desde a sua criação, a ceia apostólica, praticada pela Igreja Primitiva, tinha um sentido totalmente cristão no início de sua prática, e infelizmente, virou ritual paganizado religioso.

Geralmente quando o assunto é ceia, os textos preferidos são aqueles citados por Jesus nos próprios Evangelhos, ou o mencionado por Paulo aos Coríntios, fora do contexto é claro. Vejam o que leem:
Pois recebi do Senhor o que também lhes entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, tendo dado graças, partiu-o e disse: "Isto é o meu corpo, que é dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim". Da mesma forma, depois da ceia ele tomou o cálice e disse: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isto, sempre que o beberem, em memória de mim". Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha. 1 Coríntios 11:23-26
Mas, o que se entende por essa parte do texto?  Dar a entender que a Ceia do Senhor é um ritual, uma prática cristã sagrada e permeada por apenas dois ingredientes santos, o pão e o vinho. Na verdade, para muitos a ceia do Senhor ainda é uma repetição do sacrifício de Cristo, ou seja, é como se Ele novamente estivesse sendo crucificado, para os que assim pensam, não se trata de um memorial como ensinou Jesus, e sim, o comer o corpo e beber o sangue literalmente. 

Aquilo que foi feito por Jesus na noite em que foi traído sim, foi um símbolo, Ele tinha poder de sobra para fazer isso, mas, o mandamento feito aos seus discípulos não foi que repetissem o símbolo e sim, que celebrassem a comunhão em memória D'Ele através de um jantar (ceia). Acha sem sentido isso? Vamos voltar um pouquinho na leitura de Paulo aos Coríntios e entender melhor a prática cristã primitiva:
Quando vocês se reúnem, não é para comer a ceia do Senhor, porque cada um come sua própria ceia sem esperar pelos outros. Assim, enquanto um fica com fome, outro se embriaga. Será que vocês não têm casa onde comer e beber? Ou desprezam a igreja de Deus e humilham os que nada têm? Que lhes direi? Eu os elogiarei por isso? Certamente que não! 1 Coríntios 11:20-22
Paulo estava dando uma bronca nos irmãos porque eles não estavam se comportando nas reuniões para ceiar, não estavam esperando uns pelos outros, uns estavam comendo demais e outros ficando sem comida, e uns estavam até se embebedando e outros ficando sem bebida (vinho). A bronca de Paulo aos irmãos reunidos em Corinto, era porque eles não sabiam partilhar, não sabiam agir naquele momento com equidade, com gentileza uns para com os outros... Enquanto uns ficavam famintos outros até se embriagavam. Só mesmo uma mente cauterizada pelas doutrinas de homens não consegue enxergar que o momento não era de um ritual (pedacinho de pão e bocadinho de vinho), e sim de um jantar.

Como saciar-se apenas com uma pequena porção de pão? é possível? Como alguém poderia chegar a se embriagar se a ceia apostólica fosse nos moldes como costumamos ver em nossas igrejas? E porque Paulo perguntaria se os irmãos não tinham casas se a ceia fosse diferente daquela feita no próprio lar?

Muitas perguntas a serem respondidas, e ficaria muito mais fácil compreendê-las sem o conceito católico (universal) em nossas cabecinhas induzidas a pensar religiosamente sobre tudo que diz respeito à fé. O que posso dizer sem sombras de dúvidas é que tanto protestantes como católicos praticam uma ceia (ritual, eucaristia) diferente daquela praticada pela Igreja Primitiva no século I, e portanto, diferente também daquela ensinada pelo nosso Senhor Jesus, afinal, uma boa parte deles foram instruídos por homens que conviveram diretamente com o Cristo.

Por favor, não me condenem por isso, nem mesmo em pensamento, muito sangue já foi derramado...

A minha oração é que Deus nos perdoe por nos afastar tanto assim de seus ensinos, e que ele não leve em conta todos os nossos hábitos tradicionais. Encerro com um texto de um escritor cristão americano...
Durante o século I e a primeira parte do II, os primeiros cristãos descreviam a Santa Ceia como a “festa do amor”. Naquele tempo eles tomavam o pão e o cálice dentro do contexto de uma ceia festiva. Mas por volta do tempo de Tertuliano (160-225), houve um início de separação do pão e do cálice da Ceia. Pelo fim do século II, a separação foi completa. Alguns eruditos têm arrazoado que os cristãos eliminaram a ceia porque eles não queriam que a Eucaristia fosse profanada pela participação de incrédulos. Em parte isso pode ser verdade. Mas é mais provável que a crescente influência do ritual religioso pagão removeu o gostoso ambiente caseiro, não religioso, de uma ceia na sala de uma casa. Já pelo século IV a festa do amor foi “proibida” entre os  cristãos! 
Com o fim da ceia, os termos “partir o pão” e “Ceia do Senhor” sumiram. Agora, o termo 

comum do ritual truncado (apenas pão e cálice) era “Eucaristia”. Frank A. Viola

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

24 - Evangelho consciência

A maioria dos cristãos que tentam ser sinceros na sua fé, convive com uma mania de querer julgar todas as coisas: isso é pecado? isso não é pecado? e aquilo, será se é pecado?
E dessa forma, transformam o Evangelho de Cristo, em uma mega lista de faça e não faça... como se o Evangelho fosse algo que vai subtrair vida, gestos, sentidos, e não acrescentar, paz, longanimidade, amor, misericórdia... etc. 

Como afirmou o apóstolo Paulo, em Romanos 14: tudo o que não é de fé é pecado. Creio que quando levamos o Evangelho do nosso Senhor Jesus um pouquinho mais a sério, quando tentamos visualizar-lo como um todo, entendemos que o Evangelho não se trata de proibições (dieta) e ordenanças (humanas)… mas de consciência (consciência de Cristo em nós).



Desta forma, o Evangelho liberta, trazendo-nos a consciência de quem foi e é livre, Jesus Cristo; por outro lado, o "ensino religioso", aprisiona, encarcera, nos torna medíocres... ou pior que isso: hipócritas!

Quando voltamos ao Antigo Testamento, que eu prefiro chamar de “Antiga Aliança”, vemos Jeová nosso Deus, dando 2 (dois) mandamentos aos homens:

PRIMEIRO: guardar o sábado;
SEGUNDO: honrar pai e mãe;

além destes, o Senhor faz oito proibições (que também chamamos de mandamentos), que são bem conhecidas:

I – não ter outros deuses;
II – não fazer imagens;
III – não tomar seu nome em vão;
IV – não matar;
V – não adulterá;
VI – não furtar;
VII – não mentir;
VIII – não cobiçar

Já no Novo Testamento (que eu considero único testamento, pois antes disso era alianças), o Senhor Jesus simplifica tudo e afirma:

I – Ame o Senhor teu Deus sobre todas as coisas;
II – Ame ao próximo como a ti mesmo.

Ora, Jesus afirma isso porque quem faz esses dois, cumpre a lei de Deus. Pois o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê. Lembrando que os mandamentos não existem hoje para salvação do crente (quem salva é Jesus), mas, para dar testemunho de nossa fé.

Então, para facilitar as coisas, pode-se fazer um exercício sempre que uma dúvida vier a nossa mente, exemplo:

Pergunto: Depilar é pecado? Pense: isso interfere no meu AMOR para com Deus? o depilar vai aumentar ou diminuir o que sinto por *Ele? Pense: depilar interfere no meu relacionamento com o PRÓXIMO?

Então, resumindo minha dica é essa:

Viva pela fé, e tenha consciência dos seus atos, sempre, sempre, olhando para o alvo, que é Jesus!

paz.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

23 - O Galardão do Ide

"Digo-lhes a verdade: Ninguém que tenha deixado casa, mulher, irmãos, pai ou filhos por causa do Reino de Deus deixará de receber, na presente era, muitas vezes mais, e, na era futura, a vida eterna". Lucas 18:29-30

O texto acima, é uma resposta do Senhor Jesus a um dos seus apóstolos, Pedro. Texto esse, creio eu que muitas vezes é mal interpretado e até mal utilizado. O nosso Senhor e mestre não está deixando aqui um mandamento para os cristãos, aqui Ele está falando de galardão.

Duro é esse discurso como costumam nos passar, mas, só lembrando o que o Senhor Jesus disse: 
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. Mateus 11:29-30
Antes de sairmos pegando tudo para nós (cristãos), devemos ter em mente que existem na Bíblia, textos que foram direcionados a outras pessoas; sabemos que a Palavra de Deus é Eterna, e perfeita; mas, devemos sempre pedir o discernimento a Deus para saber qual sentido tem o texto lido em nossas vidas.

Depois de orar a pedir a Deus a direção do Espírito Santo, devemos nos perguntar:
- O que está sendo dito? - Porque está sendo dito? - e Para quem está sendo dito? Só depois de respondida essas perguntas devemos buscar a aplicação que o texto pode ter em nossas vidas.

O nosso Senhor fala aqui da recompensa que terão aqueles que deixarem tudo por causa do Reino de Deus, e isso não se aplica a todo mundo. Cada pessoa tem um chamado específico; antes de qualquer atitude devemos sempre pedir a direção do Espírito. 

Outra coisa que deve ser observada, é que foi dito isto a um Apóstolo que tinha acabado de alegar ter deixado tudo para seguir Jesus, o que leva o nosso Senhor a confortá-lo dizendo o que disse. É como se o Senhor Jesus tivesse dito: Pedro, não se preocupa que você será recompensado, nesta vida (com muita perseguição), e na outra vida (com vida Eterna); então relaxa meu Filho, seu trabalho não é vão. Em nossos dias vemos homens e mulheres de Deus, que saem de suas casas por amor ao Evangelho para pregar e sofrer em países distantes, e certamente terão sua recompensa.

E isso meus queridos, é bem diferente do que costuma acontecer com alguns casais, onde, um dos cônjuges, geralmente a mulher, deixa o marido em casa, às vezes até sem comida, para passar praticamente 24 horas por dia dentro de uma instituição religiosa. Para casais onde ambos não compartilham da mesma fé, o que o cônjuge cristão deve transparecer em suas atitudes é companheirismo, amor, cuidado, atenção; assim, o outro será automaticamente tocado pela sua fé. Pois, se assim não for, o que vai gerar é atrito. Aqui, aplica-se o que foi dito em  1 Timóteo 5:8:
Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente. 1 Timóteo 5:8
É equívoco achar que o texto fala de deixar parentes para estar dentro de "denominação", enquanto o parente, pai, mãe, irmãos, sofrem com a ausência daquele que poderia está demonstrando amor. Então, o que se entende ou pelo menos deveria ser entendido, é que o assunto em questão trata-se principalmente de galardão, e não de mandamento do Senhor!

O "Ide", que se aplica a todo cristão, independentemente do chamado, é o de compartilhar da sua fé com o próximo, com o vizinho, com os familiares, com os parceiros de trabalho, de escola, seja com quem for. Importa, é que o Evangelho seja anunciado.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

22 - O Cristo e os anticristos

1) Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o ANTICRISTO, também agora muitos SE TEM FEITO anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora. 1 João 2:18
2) Quem é o MENTIROSO, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho. 1 João 2:22
3) E todo o espírito que não confessa que JESUS Cristo veio em CARNE não é de Deus; mas este é o espírito do ANTICRISTO, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que JÁ agora ESTÁ no MUNDO. Porque já muitos ENGANADORES entraram no mundo, os quais NÃO CONFESSAM que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo. 1 João 4:3, 2 João 1:7
Três coisas interessantes a serem observadas nestes versos:

PRIMEIRA: O texto nos deixa evidente que virá o anticristo, o último que será manifestado, creio eu. E também que já existem pessoas "que se fazem anticristos", ou seja, que ensinam coisas opostas ao que o nosso Senhor ensinou, contradizendo as Palavras da vida e gerando morte espiritual de muitos;

SEGUNDA COISA: O escritor chama de mentiroso aqueles que negam a *divindade de Jesus, que não o reconhecem como *Messias, como *Salvador, como *Enviado de Deus para os homens. E também afirma, que aquele que faz tal coisa, é também um anticristo, negando o Pai (não crendo no que Ele fez, enviou seu Filho) e negando o Filho (não admitindo que Ele é o Filho de Deus vivo, encarnado, e vendo-o apenas como um profeta);



TERCEIRA COISA: Creio que é um dos ensinos de João mais importantes, pois aqui ele nos mostra como identificar um anticristo, e como reconhecer o Espírito de Deus. Mas, como o inimigo é sagaz e astuto, ele faz questão de que os cristãos não compreendam esse ensino, pois, assim sendo, *poderão ser enganados. 

A mentalidade que se forma naqueles que não pedem a direção de Deus pode ser a seguinte: ah, beleza, então é só eu perguntar se Jesus veio em carne, e se a pessoa responder que sim, é de Deus, se responder que não, não é de Deus! 

Isso é o que muita gente pensa, mas, a coisa não é tão simples assim, pois, qualquer um pode afirmar com a boca, que Jesus veio em carne... nem que seja só para não ser identificado como o texto identifica.

Negar que Jesus veio em carne, tem um sentido bem mais amplo... primeiro porque não se trata apenas de falar, mas, de viver aquilo que o Jesus de Nazaré ensinou, confirmando assim, a natureza humana de Jesus. Toda vez que alguém, ensina coisas que contrariam a humanidade de Jesus, está negando que Ele veio em carne; toda vez que alguém ensina algo que vá em direção oposta à misericórdia do Jesus de Nazaré, está negando que Jesus veio em carne; toda vez que alguém troca a mensagem de Jesus, por outra mensagem qualquer, fazendo-a mais importante que a da humanidade do nosso Mestre, está negando que Jesus veio em carne.

Então meus amados, meus queridos, filhinhos do Senhor Jesus Cristo, eu peço a vocês e proponho um simples desafio:

Sempre que ouvirem uma mensagem, seja de quem for, compare com as mensagens de Jesus, com o que Ele ensinou, com o que Ele viveu, com o que Ele reprovou... Assim saberás identificar se o espírito que ministra é ou não de Deus!

Amém meus irmãos?

Que Deus os abencoem e lhes cubram de graça e misericórdia
e com o amor do nosso Senhor Jesus Cristo!

terça-feira, 25 de novembro de 2014

21 - A Tentação no Deserto

Depois de 40 dias e 40 noites no deserto, Jesus teve fome... E tendo fome, aproxima-se satanás Dele dizendo:

Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Mateus 4:3

Olhando de maneira rápida esse texto, o que achamos é que a proposta do tentador foi boa... Se não compreendermos o contexto geral do ocorrido, corremos o risco até de ficaremos do lado do inimigo!
Pois, a sua proposta não era ruim, visto que Jesus estava com fome, Ele tinha poder mais que suficiente para transformar aquelas pedras em pão, e o jejum já durara 40 dias completos. Ufa, só de pensar na fome que o Senhor passou, dar para suspirar fundo!

Mas, analisando melhor o cenário e trazendo para nossa realidade, o inimigo sempre age de forma semelhante: oferta algo que aos olhos é bom, mas, que no final das contas, desvia-nos de nosso alvo maior, ou de um propósito.

E a resposta dada a satanás é rápida e rasteira: nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. Todos somos feitos de corpo, alma e espírito. O primeiro, realmente precisa de pão para sobreviver, o segundo, que são nossas vontades, intelecto, sentidos, precisa de relacionamentos saudáveis com o próximo, inclusive com o nosso Senhor Jesus, este realmente muda o sentido da nossa existência, e proporciona à nossa alma, uma paz inexplicável; já o terceiro, o nosso espírito, o sopro de Deus em nós, precisa de Deus, do contrário ele se auto-destruirá ao longo de nossa caminhada neste mundo. Resumindo, pó (pão) para o que é pó (corpo), e Espírito (Deus) para o que é Espírito (o sopro de vida que há em nós).


Na sequência o diabo faz uma proposta não menos tentadora, aquele poderia ser o momento de Jesus provar o seu poder, a sua força, a sua majestade. E o mais engraçado é que se utiliza as Escrituras para tentar a Jesus. Muitos pensam que Deus está interessado em provar sua existência através de feitos mirabolantes, e uns até afirmam: se Deus existe, porque Ele não aparece para mim?! Como se o Criador estivesse preocupado com esse tipo de coisa. As Escrituras afirmam: os céus manisfestam a glória de Deus, e o firmamento denuncia as obras de suas mãos. Só não percebe quem não quer.

Da mesma forma, o tentador aqui, usa algo que qualquer outro homem no lugar de Jesus teria cedido. Afinal, quem iria querer parecer fraco, aos olhos de um inimigo? Só que o nosso mestre, não era orgulhoso, e sabia que ainda não tinha chegado a hora de provar ser maior que qualquer coisa, vencendo a morte. E a sua resposta também, veio das Escrituras: não tentarás o Senhor teu Deus!

É muito difícil vencermos as coisas que disfarçadamente nos oferecem, fazendo-nos parecer mais fortes, mais nobres, ou até mesmo, mais poderosos. O exemplo deixado aqui, é infinitamente superior às coisas surpérfluas que o mundo nos oferece. Alimentar o nosso espírito, não tentar ao Senhor nosso Deus (o que prolonga nossos dias de vida) e, aquilo que não comentei, ainda, mas, que falarei em outro instante: reconhecer para o que fomos feitos, adorar ao nosso Deus e servir a Ele, através do amor atitude ao próximo.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

20 - A Auto-Justificação Religiosa

Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Lucas 18:10-13

Sempre que vejo passagens como essa onde o aparentemente "justo", é que aos olhos de Deus não está justificado, e que o pecador confesso, é que recebe misericórdia, entendo que o Senhor Jesus veio nos salvar exatamente daquilo que nos gloriamos: da nossa justiça própria!

Ah, como as coisas seriam bem mais simples, se não fôssemos tão arrogantes e auto-suficientes! Fé em si mesmo não é fé, auto-estima, e isso pode ter seus valores nas regras que o mundo ensina, mas, não aos olhos do Criador. 

Assim como nesta passagem, todos os dias vejo pessoas que olham para seus irmãos, com ar de desprezo, de superioridade, de cima para baixo como se tivesses um rei na barriga. Pessoas que se auto-justificam por causa de suas Re-ligiões, por causa de suas roupas, por causa de seus feitos, por causa de seus comportamentos, enfim, essa lista é enorme. O fariseu aqui, figura do religioso, cheio de orgulho, nariz empinado, e cheio de van-glória, dar graças a Deus por não ser como os outros homens, como quem diz: os outros são ladrões, eu não! O pior de tudo é que ele além de ser considerar o bam bam bam, santarrão, o justo, ainda enquadra todos os demais como ladrões, fazendo uma generalização. Julgando o servo alheio.

Na continuação do texto em Lucas, vemos, que ele não saiu justificado! Deus não veio salvar os justos, mas chamar os pecadores ao arrependimento; por outro lado, aquele que se reconhece pecador, e que pede por perdão da parte de Deus, alcança misericórdia e graça. E é isso que o Senhor Jesus está disposto a fazer, e por isso Ele veio e pagou o preço: pois a Ele, toda honra, toda glória, todo louvor, Ele é digno, não eu!

E aí, com quem você se identifica: com o fariseu ou com o publicano?

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

18 - A Utilidade da Lei

Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. Romanos 3:19

Gosto muito como o Criador expõe suas vontades e desígnios, e gosto mais ainda do modo como Ele trata a todos: sem distinção!

Quando lemos textos como esse nas Escrituras, percebemos a complexidade e perfeição da Lei Divina, diferentemente da *humana. A legislação do homem, as nossas leis, são todas cheias de brechas, imperfeitas, remendadas, e de nada tem proveito no fim das contas, digo no sentido de mudar a mente humana! Isso porque o sistema de punição não causa no ser o que deveria causar, a transformação. Muito pelo contrário: o que parece é que gera no cerne da alma, uma espécie de rebelião, e cada vez mais a mente é inundada de propósitos e ideias, no mínimo absurdas.

A Lei Divina revelada na pessoa do Nosso Senhor Jesus Cristo, é tão perfeita e sublime, que nada é comparada a ela. Essa história é um tanto quanto delicada, mas, creio que Deus nos capacita a entender.

Antes de Jesus Cristo vir ao mundo, Deus falava aos homens por intermédio das leis e dos profetas, e com isso as pessoas eram instruídas em seus caminhos. Acontece que a natureza humana, depois da queda, pende para o mal, e mesmo que houvesse ensino para cada atitude da vida, regras e mais regras, nenhum homem, conseguia cumprir, ninguém, por mais que tivesse boa vontade e interesse, não conseguia guardar a Lei como um todo. E hoje não é diferente! 

Será se alguém consegue? Creio que não!

Por isso o apóstolo Paulo diz que a Lei é uma espécie de cala a boca: é para percebermos o quão distantes estamos do padrão de excelência divino, a perfeição! Quando passamos a conhecer a Lei, enxergamos nossos erros, daí se esgotam nossos argumentos contra o próximo.


E como ninguém consegue cumprir a lei divina, todos sem exceção deveriam ser condenados. Mas, não é essa a vontade de Deus: A vontade do Pai é que todos sejam salvos.

Por isso, Deus prova o seu amor para conosco enviando seu Filho para cumprir a lei em nosso lugar; para receber a punição que nós deveríamos receber; e morrer por nós, conforme está escrito:

Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu único filho, para que todo aquele que nele crer, não morra, mas, tenha a vida Eterna!

Será se você crer que todos são igualmente culpados?
Será se você crer que veio a este mundo o Filho de Deus, e pagou a pena que você deveria pagar?
Será se você crer na ressurreição do Filho de Deus, Jesus Cristo homem?

Creia, e não queira está sob o julgo da lei; queira a Eternidade recebida de graça!

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

17 - Dízimo de despojos: de guerra

Essa história de dízimo pode servir para qualquer um que nela ainda crer, mas, creio eu que é mais maléfica do que benéfica. 

Isto porque, alguns o fazem simplesmente para serem abençoados com prosperidade, e esse é o primeiro erro: pois se faço para receber algo em troca, então não faço por amor! O amor doa sem interesses!



E o segundo grande erro, isso sem falar que ele não faz parte do contexto, graça, a qual estamos inseridos, é o fato de que muitos, muitos, muitos que o fazem, se acham mais justos que os outros, e caem no erro na justiça própria, alegando fidelidade ao cumprir uma única lei (entende?)! Igual ao fariseu que batia no peito e davas graças por não ser como os outros, pecadores, e por ser dizimista, atente para o que Jesus disse acerca do tal!

Quer realmente obedecer a uma lei? Obedeça a lei de Cristo, a lei do amor! aí você não dará 10%, dará espontaneamente, o que vier ao seu coração! E mais, dará a quem precisa, e não somente ao templo, dará ao necessitado! Afinal, os templos em sua maioria já tem muitas riquezas, e tem também muitos irmãos que pagam o dízimo para ser prósperos, e acabam assim prosperando e muito os que pregam o dízimo (os líderes).

A verdade é que geralmente os defensores do dízimo são na maioria os adeptos da teologia da prosperidade, veja: http://www.pulpitocristao.com/2013/01/veja-os-20-versiculos-que-provam-que-a-teologia-da-prosperidade-esta-certa/
outra coisa que acho um grande furo teológico, mas, esse não é o assunto em questão.

E quanto às promessas feitas a Abraão, todos nós somos participantes em Cristo, pois, Ele é que é descendência de Abraão! quando recebemos Cristo como nosso Senhor e Salvador, automaticamente somos feitos coerdeiros de todas as promessas! Não entendo que nada do que façamos possa nos tornar participantes, nenhum cumprimento de lei através de nossas vidas vai nos tornar dignos de receber nada, somente Cristo! O fato de eu fazer o que fez Abraão, não muda nada! Aliás, impossível eu fazer o que ele fez, sabe porque?

Abraão deu dízimos de despojos (de guerra), se Deus quiser eu nunca enfrentarei uma guerra para tomar algo que tinha sido roubado de mim, ou de outro, ou qualquer outra coisa! Tô fora de guerra!

Veja...
Abraão foi chamado por Deus a sair de sua terra, Ur dos caldeus, cujos habitantes eram pagãos, para ir até Canaã. Em obediência ao chamado de Deus, Abraão mudou-se para Harã, permanecendo lá até a morte de seu pai. Ao partir para a terra de Canaã, diz a Palavra de Deus que Abraão levou junto com ele a sua esposa Sara e o seu sobrinho de nome Ló, filho de seu falecido irmão, bem como todos os bens que ele havia adquirido e as pessoas que lhe foram acrescentadas em Harã (Gênesis 12:5). Devido à grande quantidade de bens que Abraão e Ló possuíam, houve contenda entre os seus pastores de gado. Os dois conversaram e pacificamente decidiram pela separação, conforme está relatado em Gênesis 13. Abraão ficou em Canaã e Ló dirigiu-se para os limites da cidade de Sodoma (Gênesis 13:12).

Tudo estava indo muito bem, até que irrompeu um conflito na região. Cinco reis resolveram rebelar-se, cansados de servir por doze anos ao rei de Elão, Quedorlaomer. Foram eles: Bera, rei de Sodoma; Birsa, rei de Gomorra; Sinabe, rei de Admá; Semeber, rei de Zeboim; Belá, rei de Zoar (vizinho ao Egito).
O rei de Elão, Quedorlaomer reagiu e convocou outros três reis para sufocarem os rebeldes. Foram eles: Anrafel, rei de Sinar (região da Babilônia); Arioque, rei de Elasar; Tidal, rei de Goim. Esta guerra é denominada pelas Escrituras Sagradas como “A guerra de quatro reis contra cinco” (Gênesis 14:1-17).
Os reis rebeldes, como não possuíam experiência de combate, foram impiedosamente derrotados e subjugados pelas forças comandadas pelo rei Quedorlaomer. Os vitoriosos saquearam as cidades da planície e todo o povo foi levado cativo, os seus bens e todo o seu mantimento. Inclusive Ló, que morava nos limites da cidade de Sodoma, foi levado preso e todos os seus bens confiscados (Gênesis 14:12).

Abraão tomou conhecimento da calamidade que sobreviera ao seu sobrinho Ló através uma pessoa que escapou da batalha. Movido por uma profunda afeição por seu sobrinho, o patriarca Abraão decidiu libertá-lo. Para isso ele convocou uma tropa de elite com trezentos e dezoito bravos guerreiros, todos criados em sua casa e devidamente preparados para o combate. Ele buscou também o apoio de três régios aliados, os irmãos Manre, Escol e Aner, governadores das planícies dos amorreus, que se uniram a ele com os seus grupos. Juntos partiram em perseguição dos invasores. A vitória foi esmagadora. Todos os cativos foram libertados e todos os bens recuperados (Gênesis 14:16).

Em seguida a Palavra de Deus registra o encontro que Abraão teve com Melquisedeque, rei de Salém. Como sacerdote do Deus Altíssimo, ele trouxe pão e vinho e pronunciou uma bênção sobre Abraão e deu graças ao Senhor que operara um tão grande livramento por meio de Seu servo. E Abraão deu-lhe o dízimo de tudo. (Gênesis 14:18-20; Hebreus 7:1 e 2)
Era costume que os despojos de guerra ficassem com os vencedores. No entanto, Abraão não empreendera esta expedição com o intuito de lucros, e recusou-se a tirar vantagens, estipulando apenas que seus aliados recebessem a parte que tinham direito. Como exemplo há o relato da insistência do rei de Sodoma para que Abraão ficasse com os bens materiais e devolvesse apenas as pessoas seqüestradas por Quedorlaomer. Abraão lhe disse:

“Levantei minha mão ao Senhor, o Deus altíssimo, o possuidor dos céus e da terra, que desde um fio até a correia, dum sapato, não tomarei cousa alguma de tudo o que é teu; para que não digas: Eu enriqueci a Abraão, salvo tão somente o que os mancebos comeram, e a parte que toca aos varões que comigo foram, Aner, Escol e Manre; estes que tomem a sua parte.” Gênesis 14:22-24.
Foi exatamente isto que Abraão fez. Após descontar o custo operacional da guerra, ele devolveu aos seus legítimos donos 90% (noventa por cento) do que restou de todos os despojos recuperados e deu 10% (dez por cento) ao sacerdote Melquisedeque, baseado num COSTUME dos povos PAGÃOS da antiguidade..

O texto bíblico diz que Abraão deu o dízimo de tudo, não do seu patrimônio, mas unicamente dos DESPOJOS recuperados na guerra. Este entendimento está em conformidade com o que está escrito em Hebreus 7:4:
“Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos.”

Não há registro bíblico de que este dízimo era sistemático e obrigatório. Também não há registro da obrigatoriedade de dizimar despojos de guerra.

O exemplo de Abraão, além de refletir apenas um fato isolado em sua vida, não nos parece ter sido de orientação divina, mas um costume da sociedade (PAGÃ) de seus dias. Em nenhum momento é mencionado e nem sequer sugerido que Abraão entregou o dízimo por força de lei. O lado positivo desta ação está no respeito e na honra que ele prestou ao rei e sacerdote Melquisedeque. Inclusive não há registro bíblico de Abraão ter transmitido este ensinamento aos seus filhos.

Voltando aos nossos dias, a quem você reverencia ao dar dízimo? a Deus? ao pastor local? a um sacerdote? a um templo de pedra?

Respeito a opinião dos dizimistas, e espero ser pelo menos, respeitado também! Pois, tudo que faço ou deixo de fazer, é pela fé!

Encerro meu pequeno comentário com um verso, bíblico para o meu amado leitor, e lembre-se, somos herdeiros em Cristo, somos todos sacerdotes, somos templo e morada do Espírito Santo então não há casa do tesouro, somos feitos Filhos de Deus por adoção em Cristo Jesus!

Que o senhor lhe abençoe grandiosamente em nome do Senhor Jesus Cristo!
Mas vós (vocês que fazem parte do corpo de Cristo) sois a geração eleita, O SACERDÓCIO REAL, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 1 Pedro 2:9
Espero que essa visãozinha estreita, limitada, e restrita tenha servido para o querido (a)
A paz seja contigo!