Mostrando postagens com marcador Novo Testamento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Novo Testamento. Mostrar todas as postagens

sábado, 4 de junho de 2016

Que tipo de Cristão nós somos?

Havia em Cesaréia um homem por nome Cornélio, centurião da coorte chamada italiana, Piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e de contínuo orava a Deus. "Atos 10"

Quando o assunto é Deus e religião ou espiritualidade, é comum encontrarmos pelo menos 05 tipos de pessoas, e quero aqui fazer um breve comentário sobre o assunto, lembrando que devemos evitar julgamentos ao nosso próximo, seja quem for, não cabe a nós julgarmos comportamentos alheios na ânsia de condenar ou absorver, principalmente quando da prática de condutas vistas pela nossa ótica como erradas, reprováveis, pecaminosas por assim dizer.

O primeiro tipo, e mais comum no meio cristão, é a figura do hipócrita - é o típico religioso não espiritual. Religioso simplesmente porque vai com frequência ao clube chamado igreja, e faz repetidas vezes aquilo que acredita ligá-lo a Deus, ir para se encontrar é o lema deste camarada. Ele até ensina a palavra de Deus, mas não vive - hipocrisia é a sua arma contra si mesmo; chega até a cantar para Deus, mas não adora; tem compromisso com a agenda religiosa, mas não com o próximo, nem com a caridade, nem com o Criador. Não tem nada de espiritual, pois desconhece o sentido da palavra amor, assim, é desobediente fingindo ser... É cheio de arrogância, pois confia em si mesmo, em seu íntimo esquece que precisa de um salvador, o Senhor Jesus Cristo.

O segundo e não menos frequente, é o que além de não ser religioso em nada, também não tem nada de espiritual. Essas pessoas por não conhecerem o sentido da palavra disciplina, sendo em nada religiosos, nem para com Deus, nem para com o trabalho, nem para com a família, nem com ninguém... Vivem em uma total falta de compromisso com o mundo e consigo mesmo: trabalhar religiosamente é trabalhar todo dia, almoçar religiosamente é almoçar todo dia! Geralmente não conseguem desenvolver em nada, pois a falta de compromisso com qualquer coisa, volta como bumerangue para a própria vida e lhe acerta em cheio. A falta de espiritualidade gera uma frieza enorme em seu coração, já que não consegue amar, vive odiando, vive desprezando, machucando, guardando mágoa e as vezes até vingando. Por faltar o amor verdadeiro e mínimo, pode até se tornar um verdadeiro ímpio - aquele que não tem piedade de ninguém. Só Jesus na causa!

Outro tipo bem comum são aqueles não religiosos, porém, espirituais, que aqui iremos chamar de bons samaritanos da vida. Talvez você conheça alguém assim: vive como a maioria das pessoas costumam viver, porém sabem o que significa misericórdia. Uns nunca foram ao templo fazer uma oração, mas, quando veem um necessitado, estendem a mão e ajudam. Carregam no peito a mensagem do Evangelho sem nunca terem ouvido falar nela, estes foram escolhidos por Deus para serem pequenos luzeiros no mundo, vivem de forma simples, mas, amam, se importam, acolhem, perdoam, suportam, e frequentemente agradecem um Deus, ainda que não o conheçam.

Já ouviu falar em falso ateu? Pois é, eles existem e são maioria dentre o grupo daqueles que declaram não acreditar na existência de um Deus. Os falsos ateus, geralmente são pessoas revoltadas com Deus, por algum fato em sua vida, ou com a perda de alguém muito próximo, ou ainda uma doença sem cura. Vivem tentando provar que Deus não existe, porque não conseguem entender como Deus trabalha, aí surge a revolta. Não conseguem compreender os mistérios que lhe cercam e põem a culpa no Criador; como crianças que não entendem porque os pais não lhes dão balinhas, choram revoltados desejando algo que é melhor não possuírem. O orgulho aqui é bem presente, mas, não devemos culpa-los, estes também sofrem na sua inocência. São os filhos mimados, ingratos e inocentes (talvez).

E por último, temos o tipo ilustrado em nosso texto base: Cornélio era um soldado romano, o sexto na cadeia de comando do exército, responsável por dar ordens, disciplinar e instruir os soldados. Como a Bíblia relata ele era um homem temente a Deus, piedoso e religioso, não no sentido de frequentar alguma assembleia, mas pela constância na oração a Deus. Ser religioso é ser constante em alguma coisa. E nesse sentido, Cornélio era um tipo raro de pessoa: Religioso e Espiritual ao mesmo tempo.
Religioso pela assídua busca a Deus em suas orações; Espiritual por que carregava consigo a mensagem, a essência do Evangelho, o amor ao próximo. Este tipo raro de pessoa está espalhado pelos quatros cantos da terra, quem sabe você seja mais um!

Então, vamos fazer um exercício - fique em frente a um espelho e pergunte-se: Que tipo de pessoa eu sou?

sábado, 24 de janeiro de 2015

Prosperidade

Jesus diz aos discípulos: “Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância; a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens” (Lc 12:15). Este aviso deveria ser suficiente para os que enchem os templos dos pregadores da Teologia da Prosperidade, deixando-os cada vez mais ricos. Esses pregadores gostam quando suas riquezas são denunciadas na mídia, pois tal propaganda faz bem para os seus negócios. Afinal, se você for ganancioso irá querer seguir o pregador mais próspero que encontrar, não é mesmo? Na sua cabeça ele é o mais abençoado por Deus, e quanto mais rico maior a probabilidade de ele revelar o segredo de sua prosperidade.

Talvez você pergunte: “Mas o Antigo Testamento não está cheio de promessas de prosperidade para os que forem fiéis?”. Está, mas a pergunta que você deveria fazer é esta: “Por que o Antigo Testamento está cheio de promessas prosperidade e o Novo Testamento diz para nos contentarmos com o que temos?”. Você não terá qualquer dificuldade com isto se entender a verdade dispensacional. Ao dizer que Deus fará “convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos” (Ef 1:10), Paulo revela que existem coisas celestiais e terrenas, e há uma dispensação que chama de “plenitude dos tempos”. Um olhar atento por toda a Bíblia ajudará a detectar outras dispensações.

A palavra “dispensação” no grego tem o sentido de “administração de uma casa” e se fizéssemos um paralelo com a história do Brasil poderíamos dividi-la em diferentes dispensações, que podem ter sido tanto as diferentes formas de governo, como os diferentes planos econômicos. Deus também teve diferentes modos de agir, ou dispensações, em diferentes eras da história da humanidade. Mas aqui vou tratar apenas de duas: a dispensação da Lei, dada a Israel, e a dispensação da Graça, na qual está inserida a dispensação especial dada a Paulo revelar e que ficara em segredo nos séculos anteriores, a Igreja.

É bom entender que ao dizer “Israel” não estou me referindo aos judeus ou à nação que existe hoje na Palestina, formada por representantes das tribos de Judá e Benjamim. Refiro-me ao Israel original segundo os propósitos de Deus, composto por doze tribos em um só povo. E quando falo “Igreja”, não me refiro a algum edifício ou organização religiosa, mas ao seu significado original, que é “os chamados para fora”. Isto é, os que são chamados para fora deste mundo durante o período de rejeição de Cristo; que são habitados pelo Espírito Santo e formam um só corpo, do qual Cristo é a cabeça no céu. Na Bíblia “igreja” pode referir-se tanto a esse conjunto como à representação dele, quando dois ou três estão reunidos ao nome de Jesus.

Fonte: http/3minutos.com

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Ricos em Orgulho

Bem-aventurados os pobres de *espírito, porque deles é o reino dos céus!



Não se aborreça quando alguém se enriquece e aumenta o luxo de sua casa; pois nada levará consigo quando morrer; não descerá com ele o seu esplendor. Embora em vida ele se parabenize: "Todos o elogiam, pois você está prosperando", ele se juntará aos seus antepassados, que nunca mais verão a luz. O homem, mesmo que muito importante, não tem entendimento; é como os animais, que perecem. Salmos 49:16-20

Assim como a pobreza, a riqueza em si não é uma maldição - ou algo que vai definir o seu futuro *Eterno; o grande problema está no orgulho, na arrogância, e no destemor a Deus geralmente produzido pelo amor excessivo ao dinheiro na vida daqueles que tem muitas posses. É contrariando esse orgulho pessoal que muitas vezes até alguns pobres possuem, que o Senhor Jesus afirma categoricamente no sermão da montanha. Ele não está se referindo a pobreza material.



sábado, 27 de dezembro de 2014

A Fé que Agrada

Muitos continuam achando que receberão aprovação do nosso Pai celeste através da prática daquilo que está na Lei... O espírito do engano paira sobre as igrejas e muitos vivem na ilusão das ofertas, dos sacrifícios, do guardar o sábado, de usar ou deixar de usar determinada roupa, ou até mesmo do dizer não a certos tipos de adereços, sim, adereços, e aí se incluem uma série de coisas como colar, anel, relógio, batom, enfim, é uma enorme coleção de práticas que acabam confundindo muitos crentes.

Afinal, posso ou não usar jóias? Posso ou não usar bermuda/calça? Devo ou não pagar dízimo? E quanto ao sábado, o que fazer? Tenho que fazer sacrifícios como antigamente para tirar meus pecados?

O apóstolo Paulo faz uma pergunta interessante aos Gálatas: Gostaria de saber apenas uma coisa, foi pela prática da lei que vocês receberam o Espírito, ou pela fé naquilo que ouviram? (Gl 3:2) - Ao analisarmos este verso, percebemos que a única maneira do homem se reconciliar com Deus é através da fé e não pela prática da lei; O Espírito Santo repete o pensamento em Hebreus 11:6 - Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, pois é necessário que aquele que dele se aproxima creia que Ele existe, e que é recompensador daqueles que o buscam. 

Ora, está evidente que a fé é suficiente para agradar a Deus, a fé verdadeira que transforma o nosso coração fazendo-nos amar a Deus como ele mesmo pede, e não por aparências, pois ela muda o nosso pensar, e sem ela é impossível agradar verdadeiramente o Criador. Em outro versículo lemos - Já os que são pela prática da lei estão debaixo da maldição, pois está escrito, maldito toque aquele que não persiste em praticar todas as coisas escritas no livro da lei (Gl 3:10) - Ao afirmar isso o apóstolo Paulo não está inibindo a lei, o que ele está afirmando é que se tivermos que viver por ela devemos praticar todos os mandamentos, e isso inclui mais de 600 ordenanças, se deixarmos apenas "um" de fora seremos condenados.

Ele vai mais a fundo no versículo 4, do capítulo 5 da carta aos Gálatas, e diz - Vocês que procuram ser justificados pela lei, separaram-se de Cristo; caíram da graça - observem irmãos o que afirma-se aqui, quem tenta ser justificado pela prática da lei está separado de Cristo; quando nos julgamos justos por praticarmos a lei estamos dispensando o sacrifício do cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, estamos dando as costas para o sacrifício de Cristo, e isso nos leva para um caminho escuro e cheio de armadilhas.

Que sejamos livres, mas, livres para fazer a vontade de Deus em fé - e não a vontade de homens! Livres para viver pela graça, mas isso não tem nada a ver com libertinagem. Vejam: Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; pelo contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor (Gl 5:13) - muitas pessoas confundem vícios da carne com liberdade, acham que fazer o que bem entendem significa "ser livre", quando na realidade estão presos às próprias paixões, totalmente acorrentados pelos vícios.

Um outro fato interessante é o correr atrás das bênçãos terrenas, das glórias deste mundo, das prosperidades como promessa de Deus. Será se isso alegra a Deus? Esse "ir" para ser abençoado terrenalmente agrada aos olhos do nosso Senhor? Mas afinal, quem não quer ser rico? O culto a mamon é moda agora nas "igrejas", enquanto o negue-se a si mesmo, e isso inclui negar a ganância, e o conformar-se com o que tem, virou heresia ou sinônimo de irmãos que estão em pecado. Está escrito - Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o espírito, do Espírito colherá a vida eterna (Gl 6:8) - Percebem? O texto fala de destruição, não de bênção, destruição é treva, é morte, é tudo que o inimigo quer, que nos percamos com as glórias terrenas.

Não estou afirmando que devemos virar mendigos, ou deixar de trabalhar, não é isso, mas devemos parar de agir assim, aliás, devemos parar de praticar essa fé baseada na ganância: ah, vou ofertar porque Deus vai me abençoar "para eu" ganhar mais; vou fazer porque vão "me aplaudir"; vou dizimar porque Deus será "obrigado" a me "fazer próspero";

Nossa, quanta cegueira espiritual e mediocridade. Quem semeia para a carne colhe destruição, mas quem semeia em Cristo colhe a vida eterna. Quer fazer barganha com Deus? Se sua resposta é positiva, desculpa-me a sinceridade, acho que está vivendo (espiritualmente) na era errada, não na graça!

Graça é favor imerecido, a alguém não capacitado pelos próprios méritos, mas simplesmente por Cristo... Graça é descanso no espírito, é consolo para a alma, pois em Cristo - Deus estava reconciliando consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos homens - 2 Coríntios 5:19
- Se faço alguma coisa é apenas um reflexo daquilo que já recebi, é também por gratidão e não por ganância.




sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

O que a Bíblia diz sobre: Dízimos

Um "pastor" pergunta no programa a Bíblia Responderá:
A Bíblia fala em Malaquias 3:10 que nós devemos trazer os dízimos e ofertas a casa do Senhor; e que por nossa causa ele repreenderia o devorador e perguntaram para Deus em que o povo tava roubando e Deus falou, olha a nação toda me rouba nos dízimos e nas ofertas e por isso a nação é amaldiçoada. Há uma certa denominação neo pentecostal que prega que devemos dar o dízimo e que além do dízimo devemos fazer sacrifícios, pois se queremos algo de Deus, devemos fazer um sacrifício para Ele pedindo aquilo que queremos e que Deus estaria numa condição de "obrigado" a fazer aquilo que queremos. Como funciona isso: qual a diferença entre o velho e o novo? Se há algum novo mandamento? E o que deve ser obedecido no velho e deve ser obedecido no novo?
Resposta:

Vamos ler Malaquias 3:8-10 - Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.

Para quem Deus está falando essas coisas? Para quem Deus está falando isso? Para Israel, Malaquias 4:4 Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, que lhe mandei em Horebe para todo o Israel, a saber, estatutos e juízos. Uma dessas ordenanças é o dízimo, é o pagamento do dízimo. Agora eu pergunto a vocês - no texto inicial de Malaquias 3:8 até 10 com quem Deus está falando? Israel, correto? Não, não e não! Releia o texto por favor, com calma... vai perceber que Deus está falando com os Israelitas que não estão pagando o dízimo. Pois é uma lei para os Israelitas pagar o dízimo à tribo de Levi, entretanto haviam aqueles que estavam na nação de Israel que não estavam pagando o dízimo, não estavam dando o dízimo. Por isso Deus diz a eles, trazei todos os dízimo a casa do tesouro, portanto, esses roubadores, esses ladrões são os israelitas que não estavam levando os dízimos a casa do tesouro aos Levitas.

Entretanto, quem são os que pagam o dízimo? Vamos ler Mateus 23:23, o que disse Jesus - Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas. 

Nesse versículo o Senhor Jesus Cristo está pedindo dízimo? Não, absolutamente não. Porque os escribas e fariseus dais, ai de vós escribas e fariseus hipócritas porque dais. Este pronunciamento do Senhor Jesus não é um mandamento, Cristo não está dando um mandamento, o que ele faz é repreender aos fariseus e escribas hipócritas que estão dando o dízimo, eles estão pagando o dízimo, e estão negligenciando os aspectos de maior importância concernentes a lei, a justiça, a misericórdia e a fé, eles estão sendo negligentes nesse aspecto. Portanto vocês não podem usar este versículo para sustentar o vício caprichoso dos auto-denominados pastores, especialmente aqui do Brasil, que utilizam este versículo para sustentar essa pedição de dízimo, toda hora pedindo dízimo e usando esse versículo sustentando a teoria do dízimo deles, este versículo não pode ser utilizado para manter o processo do dízimo, isso não pode ser baseado nesse versículo.

Dar dízimo é parte da Lei de Moisés destinado aos Israelitas. Na era cristã estamos nós sob a Lei de Moisés? Vamos ler Atos 13:39 - E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê. Por Cristo é justificado todo aquele que crê, portanto na era de Cristo você não pode ser justificado pela prática da Lei de Moisés, na era de Cristo é crer verdadeiramente em Cristo. Pois você não pode ser justificado pela Lei de Moisés no tempo de Cristo!

Vamos ler Hebreus 7:12 - Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei. Necessariamente, portanto existe uma mudança na lei. E que sacerdócio é esse que foi mudado?  Vamos ler Hebreus 7:5 - E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão. Ponto final nessa questão, para começar: será que algum desses pastores que cobram dízimos é sacerdote Levita? Será que eles podem provar para você e para mim, ou para qualquer um de nós que eles são sacerdotes da casa de Levi?

Eu desafio a todos os pastores aqui do Brasil a provar para mim que eles pertencem ao sacerdócio Levita! E depois que eles provarem aí sim podem coletar o dízimo!

Entretanto eles não podem provar! Por que? Alegando que são cristãos vocês não tem como provar que são sacerdotes Levitas! Por que? Porque Cristo, o nosso líder, não é sacerdote Levita! Por que? Hebreus 7:14 - Visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio. Amém?

São 12 as tribos de Israel, e uma dessas tribos é a tribo de Judá, de onde veio o Senhor Jesus Cristo; Ele não veio da tribo de Levi! Como então esses "pastores" do Brasil são duas caras? Por que? Porque se você alega que é cristão então você não está servindo ao sacerdócio Levita, pois o Senhor Jesus Cristo veio da tribo de Judá e não da tribo de Levi, tribo da qual Moisés nada falou a cerca de sacerdotes, ou seja, não há sacerdotes na tribo de Judá.

Para você querer provar que é sacerdote Levita e ter o direito de coletar dízimo, então você tem que rejeitar o título de Cristão! Ai dos "pastores" do Brasil! Ai dos "pastores".

Fonte: http://ocaminhoantigo.tv

A cada distorção do Evangelho que ouço sendo dita para 20 pessoas, sinto-me motivado a compartilhar a verdade de Cristo com pelo menos 200! Ou você ler a Bíblia a partir do Senhor Jesus Cristo, e com os olhos do Senhor Jesus, ou estará sujeito aos mesmos erros e manipulações doutrinárias ensinadas na religião de um modo geral. Com carinho e em Cristo Jesus nosso Senhor, irmão Braz!


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Judeus Evangélicos

LEVITAS, SACERDOTES, SACRIFÍCIOS, ETC... DOS “JUDEUSEVANGELICOS”

Quando no inicio da década de 90 chegaram aqui essas “restaurações ministeriais” e suas nomenclaturas, logo me manifestei em pregações, artigos, falas em Congressos para Pastores e Líderes, etc.

Eu conhecia os irmãos que estavam propagando isto, e sabia que alguns eram sinceros, embora ignorantes do espirito do Evangelho, enquanto outros eram oportunistas de temas e movidas... Uma questão mercadológica e de marketing apenas!

Meu coração se revoltou...

Ninguém que leia o NT pode fazer um retrocesso desse tamanho!

É pisar na Cruz!

É minimizar o que O Sacerdote eterno já consumou!

É ofensa contra o ensino apostólico!

É epístola Anti-Hebreus!

É a reedição da Sombra contra o Realizado!

É o retorno aos bodes e touros como sacrifício!

É Velhotestamentização da outrora “igreja”!

É rolar a pedra para a porta da tumba da ressurreição!
É vitória de Caifás contra Jesus!

É a supremacia do Templo sobre o Cordeiro!

É a volta à adoração em Jerusalém ou no monte Geresin ... — anulando a Hora de todos os que adoram em espirito e em verdade!

É a supremacia do sacerdócio profissional sobre a espontaneidade e a alegria voluntaria do louvor de TODOS!

É a justificação do levita e do sacerdote sobre o Samaritano... — afinal, o “culto” não pode parar!...

Ontem ouvi alguém dizer que a família dele é uma família de sacerdotes...— isto para diferenciarem-se dos demais crentes, pois eles são bem pagos para oferecer a Deus, pelos irmãos, aquele culto.

Pensei:
“Que ardil sutil! Qual a família humana consciente de Jesus em fé que não é parte do reino de sacerdotes?”

Mas os crentes são pagãos!...

Gente de Deus!

TODOS somos sacerdotes em Cristo. A ordem levítica morreu na Cruz. Não ressuscitem o que Jesus quis matar. Seria calcar aos pés o sangue da aliança, como diz Hebreus falando acerca da MESMA COISA.

UM DESAFIO:
Leia apenas a Epistola aos Hebreus e me diga:
Existe ainda, depois de Jesus, do Sumo-sacerdote, da Ordem de Melquizedeque, que anulou e removeu a obsolescência das leis/sombras dos judeus — espaço ou sugestão de que se volte ao judaísmo pré-cruz? A menos que Jesus não seja o Messias; e, portanto, nada esteja consumado!

O Cap. 6 de Hebreus foi escrito como advertência aos que faziam essa viagem de volta!

Crer hoje como se cria antes da revelação de Deus em Jesus e no Evangelho — tendo-se consciência de tudo — é cair da Graça; é colocar-se no lugar difícil de renovar alguém para arrependimento.
LEVITAS,

Convertem-se ao Cordeiro!

Todos somos Um Nele!

Nele, em Quem o verdadeiro louvor é vida em amor e serviço,

Texto de Pr. Caio

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Jesus, sustento daqueles que creem

E os enviou a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos. E disse-lhes: "Não levem nada pelo caminho: nem bordão, nem saco de viagem, nem pão, nem dinheiro, nem túnica extra. Na casa em que vocês entrarem, fiquem ali até partirem. 

Quando o Senhor Jesus envia os seus discípulos aos povoados e aldeias vizinhas, Ele recomenda-os que vão sem nada... Totalmente sem nada: nem bordão, nem mochila, nem comida, nem dinheiro, nem agasalho para dormir, nada! Por outro lado o próprio Jesus daria a eles poder e autoridade!

Certamente o bordão citado aqui pelo mestre da vida, trata-se de um pedaço de pau roliço que se leva à mão para servir de apoio, é uma espécie de bengala, ou melhor dizendo, bastão de peregrino, cajado. Além deste bordão, há também os famosos bordões religiosos, ou não religiosos, comumente utilizados de maneira repetida por alguém ou algo, sempre em uma determinada situação. Um ótimo exemplo disso é a expressão: A paz do Senhor, ou ainda, a graça e a paz... ambas utilizadas no encontro ou na despedida por pessoas que acreditam professarem a mesma fé.

Voltando ao bordão "apoio", é como se o Salvador os dissesse: não se preocupem, Eu Sou o cajado de vocês. E muito mais que isso: Eu Sou o verdadeiro mantimento de vocês, sou o pão vivo que desceu do céu, e vocês jamais voltarão a ter fome se de mim se alimentarem; sou também o refrigério para as vossas almas, para os vossos corpos (a sensação agradável produzida pelo meu Espírito, Atos 3:19), por outro lado, sou também a chama viva que incendeia o coração de vocês quando necessitam como fogo consumidor.

O Senhor Jesus é o nosso tudo, o nosso socorro bem presente, e assim, aqueles 12 homens saem, aparentemente sem nada, mas com o poder e a autoridade de Jesus; pregam o Evangelho do Reino de Deus nos povoados e curam os enfermos que encontram, e alegram-se por fazerem tais coisas. 

É preciso muita fé para cumprir esse ide, ordenado aqui por Cristo... mas, é importante observarmos que cada um possui um tipo de dom, ou como costumam falar, chamado. E se o seu ide é para evangelizar, comece por quem está próximo de você, sua família, seu companheiro(a), seus filhos, seus vizinhos - e se você tem uma dificuldade tremenda em falar, ou vergonha, seja testemunho vivo do amor de Deus em sua vida. Não é apenas falando que se compartilha o evangelho, isso também pode ser feito amando, estendendo a mão a quem precisa, ou mesmo um ombro amigo a quem pensa que foi abandonado.

Por mais que você pense que não, as pessoas estão de olho em você. Que testemunho você tem dado? Apenas de um religioso que tem carteirinha de membro assíduo mas que ignora o próximo? Ou de alguém que entendeu a mensagem do Evangelho da graça do Senhor Jesus, e é consciente da necessidade básica de todo ser humano que é o amor, que é Deus - já que Deus é amor! Que mensagem você passa com a sua vida?

Aqueles homens compartilhavam o Evangelho e curavam os enfermos com o poder de Deus, não só porque era sua missão, mas principalmente, porque sabiam que quem ama oferece aquilo que tem de melhor, e isso eles tinham recebido de Cristo, era o que tinham para compartilhar, cura para o espírito através do Evangelho do Reino, e cura para o corpo pelo poder do Senhor Jesus!

Texto de Lucas 9:1-6

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Copiando em parte o que já caducou

E, quando os oito dias foram cumpridos, para circuncidar o menino (Cristo), foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido. 

E, cumprindo-se os dias da purificação dela, segundo a lei de *Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor
(Segundo o que está escrito na lei do Senhor: Todo o macho primogênito será consagrado ao Senhor); E para darem a oferta segundo o disposto na lei do Senhor: Um par de rolas ou dois pombinhos. Lucas 2:21-24

É costume no meio gospel, apresentar o filho no templo - consagrando-o ao Senhor - imitando o que está na lei mosaica. Se é pra copiar um costume judeu vamos copiar direito, façam também a circuncisão, a purificação e a apresentação dos sacrifícios, assim como fez Jesus Cristo... ao contrário, 

Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos. Tiago 2:10

Existem outras formas e outros meios de consagrar uma criança, um filho ao Senhor, quem lê entenda...

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Sou Igreja, e Você?

E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo. Atos dos Apóstolos 5:42


Há muitos cristãos que infelizmente não conseguem perceber essa simples forma de ser Igreja, aliás, nem sequer enxergam como possibilidade o existir sem tem que "ir" a um lugar "Sagrado". É triste pensar assim, pois Cristo morreu e ressuscitou para que nos tornássemos Morada do Espírito Santo, pela fé N'Ele... E nos chama a todo instante à simplicidade na fé, e em fé!

segunda-feira, 10 de março de 2014

Aos Desigrejados e aos que não sofrem de Amnésia

Aos Desigrejados e aos que não sofrem de amnésia.
O fenômeno que hoje assusta as lideranças religiosas — embora elas não digam nada sobre o assunto, e, ao contrário, celebrem sucessos… —, é o do crescente grupo dos desigrejados; ou seja: dos que foram gente da “igreja”, mas que, agora, não conseguem nem mais passar na rua da “igreja/prédio”…

Ora, esse fenômeno é novo em tese, embora faça 25 anos que eu diga que já começava a ser assim naquele tempo; não nos volumes de evasão massiva da atualidade. Todavia, tenho vários livros escritos que afirmam o que acabei de dizer, e inúmeros artigos meus, do passado, os quais denunciavam o que inevitavelmente aconteceria.

Os frequentadores dos Congressos da Vinde do meio da década de 80 em diante [...] me ouviram dizer isto inúmeras vezes. E os livros que publiquei na época são o testemunho escrito de que eu dizia isto então; e não apenas hoje, em razão das Estatísticas do IBGE.

Porém, no meio religioso, as coisas somente são dadas como fato quando não há mais como negá-las!…

Naquele tempo, todavia, quando eu me sentia ainda parte do movimento “evangélico” e fazia tudo para mostrar ao mundo que ele não era tão feio e abjeto como de fato já era [...]; minha consciência me mandava gritar para “dentro da igreja” — e eu era ouvido aos milhões, só não era crido no que dizia, pois, então, não era conveniente para os líderes que se ajuntavam aos milhares para me ouvirem, crerem no que eu dizia… — que aqueles novos “movimentos”; a saber: os movimentos de “crescimento de igreja”, da “Teologia da Prosperidade”, da “Barganha Financeira com Deus”; e também o movimento de “Comercio de Música Gospel”, de “testemunhos circenses”, de “Quedas no Espírito”; e, sobretudo, acerca dos movimentos Neopentecostais que tiveram na IURD seu berço nacional, mas que se expandiu por quase todas as “igrejas”, exceto algumas “históricas”… Sim, que aqueles movimentos acabariam com o que restava de Igreja na “igreja”.

Era óbvio que os mais pensantes e sensíveis não suportariam aquele surto muito tempo. Cansariam e não aguentariam para sempre aquela histeria…

E mais: era também óbvio que os enganos apareceriam em meio às inevitáveis frustrações, às doenças que não ficariam curadas pelas “determinações”, às falências não impedidas pelas “palavras rehma”; bem como pelos objetivos financeiros não alcançados pelas muitas correntes…; isto sem falar nos inúmeros escândalos financeiros e sexuais, como também pelos exageros impensáveis nas expressões de riqueza desses tais “Senhores de Engenho Eclesiástico”.

Naquele tempo para mim era óbvio. Hoje, até para os que então me consideravam exagerado, ou para os que naquele tempo ainda eram meninos ou nem faziam parte dessa história que narramos [...] —, tudo isto, todavia, é fato secularmente determinado de modo estatístico.

Muitos, porém, lembram-se do que falávamos [...]; embora, hoje, desejem esquecer de que há décadas venho dizendo estas coisas!

Hoje, esses desigrejados estão se entregando ao cinismo em relação a tudo, ou ao esoterismo, ou ao Espiritismo, ao agnosticismo, ou até ao Ateísmo Psicológico — do tipo que diz: “Se Deus era aquilo no que eu cria, e o que eu cria era mentira e engano de homens; então, Deus não existe!”

Milhares, entretanto, foram encontrando o Evangelho no meu site há não mais do que oito ou nove anos… Naquele tempo quase ninguém ousava dizer o que o www.caiofabio.net dizia; e eu era criticado e dito como sendo um amargurado por quase todos. Hoje vejo centenas dizendo as mesmas coisas como se elas não tivessem sido negadas veementemente por muita gente boa que hoje as corrobora.

Milhares também vêm sendo reagrupadas em fé simples pela Vem e Vê TV e outros meios de ensino, especialmente na Internet. Entretanto, não foi o IBGE quem me esclareceu acerca disso, mas a vivencia nas entranhas da “igreja”; e isto durante décadas de genuíno amor pelos “evangélicos”; coisa essa que, mesmo hoje, jamais morre no meu coração [...]; embora eu tenha decidido viver como um “marginal do movimento” a fim de poder ajudá-lo gritando de fora [...]; ainda que eu saiba que a História virá um dia a dar o testemunho de que poucos foram tão evangélicos neste país quanto eu fui e ainda sou; sendo que o sou apenas por amor ao Evangelho, bem como por milhões de irmãos que não sabem discernir entre a mão direita e a esquerda.

Hoje, todos os dias, atendo milhares de pessoas no site e na Vem e Vê TV, e a maioria delas são as adoecidas por esse fenômeno maligno que hoje gera os desigrejados; ou os cínicos e magoados quase incuráveis que hoje são as vítimas dessa desgraça que nos assola implacavelmente.

Minha oração, no entanto, continua a mesma; ou seja: que os olhos dos que ainda estão no engano se abram; e que os que saíram, mas que mergulharam no cinismo e na mágoa, possam ainda renovar seus corações na esperança do genuíno e simples Evangelho.

Afinal, Jesus Ressuscitou; e, por isto, o sonho não acabará jamais!


Nele, em Quem o ter estado certo nas previsões somente me entristece [Deus o sabe!], pois, de fato, gostaria de ter estado enganado o tempo todo,

Por Caio Fábio

terça-feira, 4 de março de 2014

Nosso Novo Testamento

Nosso Novo Testamento

Para abordar o tema do ministério no NT, é essencial colocar-se a ordem dos livros historicamente. Se o assumimos segundo a ordem de seqüência atual, que os evangelhos foram escritos primeiro, depois Atos, as cartas de Paulo começando por Romanos e terminando com as Epístolas Pastorais a Timóteo, Tito e a carta a Filemom, nunca poderemos entender o desenvolvimento das instituições e o pensamento da igreja primitiva. -Richard Hanson
Por quê devemos como cristãos seguir os mesmos rituais longe de Deus a cada domingo sem nos dar conta de que tais rituais não se coadunam com o NT? Parte da razão tem a ver com o incrível poder da tradição. Mas há algo mais. Diz respeito a nosso NT. O problema não está ligado ao conteúdo do NT. O problema está na forma como abordamos o NT.

A abordagem mais comum utilizada pelos modernos cristãos quando querem estudar a Bíblia chama-se “comprovação de textos”. A origem da “comprovação de textos” surgiu entre 1590 e 1600. Um grupo de homens chamados Escolásticos Protestantes tomou o ensino dos Reformadores e os sistematizou segundo as regras da lógica Aristotélica. Os Escolásticos Protestantes sustentavam não apenas as Escrituras como a Palavra de Deus, mas cada parte dela como Palavra de Deus — independente do contexto. Isto preparou o terreno para a idéia de que se tomamos um versículo bíblico esse verso é por si só correto e pode ser utilizado para comprovar uma doutrina ou uma prática.

Quando João Nelson Darby surgiu por volta de 1805, ele formou uma teologia baseada nessa abordagem. Darby elevou a comprovação de textos ao nível de uma forma de arte. Na realidade, os fundamentalistas e cristãos evangélicos devem a Darby o fato de grande parte de seus ensinos serem aceitos até hoje.

Todos eles foram construídos no método da comprovação de textos. A comprovação de textos tornou-se, portanto, a maneira pela qual nós, modernos cristãos, abordamos a Bíblia. Isto é ensinado em cada escola bíblica e seminário protestante na terra. Como resultado, nós cristãos raramente, ou quase nunca, olhamos para o NT em sua totalidade. Em vez disso, nos servimos com pratos de pensamentos fragmentados cozidos por uma lógica oriunda de uma humanidade decadente. O fruto dessa abordagem é que nos desviamos e que estamos bem longe da prática da igreja do NT. Mesmo assim pensamos que somos bíblicos. Permita-me ilustrar este problema com um conto fictício.

Conheça Marvin Snurdly

Marvin é um renomado conselheiro matrimonial. Durante seus vinte anos como terapeuta matrimonial, Marvin aconselhou milhares de casais com problemas conjugais. Ele usa a internet. A cada dia centenas de casais escrevem cartas a Marvin relatando suas tristes situações matrimoniais. As cartas chegam de toda parte do mundo. Marvin responde a todas. 

Cem anos se passaram, e Marvin Snurdly descansa pacificamente em sua sepultura. Ele tem um tataraneto chamado Fielding Melish. Fielding decidiu recuperar as cartas perdidas de seu tataravô, Marvin Snurdly. Mas Fielding conseguiu encontrar apenas treze cartas de Marvin. Das milhares de cartas que Marvin escreveu durante sua vida, apenas 13 sobreviveram! Nove destas cartas foram escritas a casais em crise matrimonial. Quatro foram escritas a cônjuges individuais.

Todas estas cartas foram escritas em um período de 20 anos: Entre 1980 a 2000. Fielding Melish compilou todas estas cartas em um único volume. Mas há algo interessante quanto à maneira como Marvim escrevia suas cartas e que dificulta a tarefa de Fielding. 

Primeiramente, Marvin tinha um hábito fastidioso de nunca encerrar suas cartas. Nenhuma contem dia, mês ou ano. Em segundo lugar, as cartas revelam apenas metade da conversação. As cartas iniciais escritas a Marvim que provocaram suas respostas agora já não existem mais. Conseqüentemente, a única maneira de compreender a base de alguma destas cartas de Marvin é reconstruir a situação matrimonial das respostas de Marvin.

Cada carta foi escrita em uma época diferente, a pessoas de cultura diferente, tratando de problema diferente. Por exemplo, em 1985 Marvin escreveu do Estado da Virgínia uma carta a Paulo e Sally, que passavam por problemas de ordem sexual desde o início de seu matrimônio. Em 1990 Marvin escreveu uma carta a Jetro e a Matilda da Austrália, que tiveram problemas com seus filhos. Em 1995 Marvin escreveu uma carta a uma senhora do México que passava por uma crise de meia idade.

Resultado: 20 anos — 13 cartas — todas escritas a diferentes pessoas em tempos diferentes em diferentes culturas — todas abordando problemas diferentes. 

Era desejo de Fielding Melish colocar estas 13 cartas em uma ordem cronológica. Mas sem as datas, ele não conseguiu fazer isso. Então Fielding as classificou por tamanho de uma forma decrescente. Quer dizer, ele pegou a carta mais extensa que Marvin escreveu e a colocou como a primeira. A segunda carta mais extensa como a segunda, e assim por diante. A compilação segue dessa maneira até que todas as 13 cartas estejam alinhadas, não cronologicamente, mas pela sua extensão.

A coleção é impressa e torna-se bem aceita no mercado. As pessoas as compram aos montes. Passam outros cem anos e as Obras Colecionadas de Marvin Snurdly compiladas por Fielding Melish resistem ao passar do tempo. A obra continua bem popular. Mais cem anos se passa, e este volume está sendo prolificamente disseminado pelo mundo ocidental. (Agora Marvin descansa há 300 anos em sua tumba).

Este livro foi traduzido em dezenas de idiomas. Os conselheiros matrimoniais o citam a todo instante. As universidades o utilizam em suas classes de sociologia. É tão bem sucedido que alguém tem a luminosa idéia de modificar o volume para facilitar a leitura e o manejo. 

Qual é essa idéia luminosa? É dividir as cartas de Marvim em capítulos e frases numeradas (que chamamos de versículos). Então as Obras Colecionadas de Marvin Snurdly saem com capítulos e versículos. 

Mas ao agregar capítulo e versículo a estas cartas que uma vez foram vivas, algo muda de uma forma desapercebida. As cartas perdem seu toque especial. Elas adquirem um aspecto de manual. 

Diferentes sociólogos começam a escrever livros sobre o matrimônio e a família. Qual sua principal fonte? As Obras Colecionadas de Marvin Snurdly. Compre qualquer livro no século XXIV sobre o tema do matrimônio, e você averiguará que o autor cita capítulos e versículos das cartas de Marvin.

Geralmente, a coisa ocorre assim: Ao fazer uma observação particular um autor citará um versículo da carta de Marvin escrita a Paulo e Sally. O autor depois levantará outro versículo da carta escrita a Jetro e Matilda. Ele extrairá outro versículo de outra carta. Depois ele tece estes três versículos juntos e com base nisto constrói sua filosofia particular sobre o matrimônio.

Cada sociólogo e terapeuta matrimonial que escreve um livro sobre o matrimônio fazem o mesmo. Todavia há aqui uma grande ironia. Cada um destes autores constantemente contradiz os demais embora utilizem a mesma fonte! 

Mas isso não é tudo. As cartas de Marvin adquirem o ranço de uma prosa fria quando originalmente elas eram vivas, eram cartas que se referiam a pessoas reais e lugares verídicos. Mas elas viraram uma arma nas mãos de homens motivados por agendas. Muitos autores começaram a empregar textos comprobatórios isolados da obra de Marvin para defender-se perante aqueles que não concordavam com sua filosofia matrimonial. 

Como puderam fazer isso? Como saber quem está certo? Como podem todos estes sociólogos contradizer-se mutuamente enquanto usam a mesma fonte!? É porque as cartas foram retiradas de seu contexto histórico. Cada carta foi arrancada de sua seqüência cronológica e de seu cenário da vida real. 

Em outras palavras, as cartas de Marvin Snurdly foram transformadas em uma série de frases isoladas, fragmentadas, desunidas — facilitando o trabalho de quem queira levantar uma frase de uma carta, uma frase de outra carta, para depois uni-las e criar a filosofia matrimonial segundo seu gosto. 

Uma história surpreendente, não é? Bom, o ponto é esse. Não importa se você percebeu ou não, acabo de descrever seu NT!

Fonte: CP, A Origem das Práticas de Nossa Igreja Moderna
"Frank A. Viola"