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sexta-feira, 6 de março de 2015

A Regra dos Dons na Igreja

8. A REGRA DOS DONS NA IGREJA

Já tocamos brevemente nas regras dos dons na Igreja. Verdadeiramente todo crente tem algum dom, alguma função especial no corpo de Cristo. Adicionalmente existem os dons especiais de serviço de evangelismo, apascentamento e ensinamento (Ef 4:11). Os dons mencionados foram dados para ajudar todos os santos a encontrarem seus dons e exercita-los. Eles foram dados
para aperfeiçoar os santos para a obra do ministério, e deste modo edificar o corpo de Cristo. Disso fica claro que:

A obra do ministério não é para uma classe especial de cristãos, mas
para todo o povo de Deus.

A obra dos dons especiais de Efésios 4 é para aperfeiçoar os cristãos
até o ponto onde eles possam prosseguir por si mesmos, e então irem em frente. Em outras palavras, os santos não devem se tornar perpetuamente dependentes de tais dons. Pelo contrário estes dons devem desenvolve-los para um trabalho no mais curto tempo possível, e então se mudar para novas áreas de oportunidade. Exatamente como os pais começam de forma correta a ensinar seus filhos a tomarem conta de si mesmos, assim devem estes dons ensinar as criancinhas em Cristo.

Agora isso levanta uma questão: “Quanto tempo devem tais dons permanecer em uma assembléia local”. Há somente uma resposta possível à questão – até que ele alcance amadurecer os santos para servirem. Paulo ficou em Tessalônica “por três sábados” (At 17:2), e ainda deixou para traz uma assembléia ingênua – se auto-suportando, auto-governando e auto-propagando. Tanto quanto o registro diz respeito, o máximo que ele permaneceu em um lugar foi os três anos que passou em Éfeso (At 20:31). Não é exatamente uma questão de quanto tempo um homem permanece em um lugar, mas mais de qual é o seu propósito.

O que ele está tentando fazer? Ele está tentando equipar os santos para prosseguirem por si mesmos?

A esse respeito, estes dons devem se guardar contra a tendência natural de se aninharem, e pensarem deles mesmos como tendo uma vida comprometida em um lugar qualquer. (Isso é tão verdade para um missionário estrangeiro quanto para os obreiros na pátria.) Eles devem se manter móveis. E devem também se guardar contra outro perigo sutil, que é o de sentirem que os santos não podem prosseguir sem eles. Quando estão ausentes, a assistência cai; isso faz com que pensem que não devem partir. Temem que toda a assembléia se despedace. Isso traz vanglória em pensar que são indispensáveis. E algumas vezes isso toca nosso orgulho em pensar que não somos mais necessários em um lugar em particular. Realmente devemos nos alegrar quando chegar essa hora.

Enquanto falamos de dons, há algo mais que deve ser mencionado. No Novo Testamento, estes dons eram carismáticos, não profissionais. O que queremos dizer é que estes dons eram homens que eram soberanamente dotados pelo Espírito Santo independente de treinamento ou profissão. Por exemplo, o
Espírito poderia alcançar e equipar um pescador para ser um evangelista. Ou Ele poderia tomar um pastor de ovelhas para ensinar Sua Palavra. Ou Ele poderia suprir um carpinteiro para exercitar o ministério pastoral entre os santos.

Não há nenhuma sugestão no Novo Testamento de que o treinamento profissional pode fazer de um homem um dom para a igreja. A idéia de que somente os homens que tenham escolaridade formal na Palavra estão qualificados para ministrar é repulsiva. O treinamento pode ser útil para um crente para obter uma compreensão das Escrituras, mas nenhuma quantidade de treinamento pode fazer de um homem um evangelista, um mestre ou um pastor. E há sempre o perigo do profissionalismo. Se as Escrituras são abordadas em uma base filosófica, então o treinamento pode ser uma coisa mortal e perigosa.

Ao que devemos ser Leais
W. Macdonald

quinta-feira, 5 de março de 2015

Esperança da Glória de Deus

Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras. Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino.

Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte, E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés, e um para Elias. E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo; escutai-o.



E os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos, e tiveram grande medo. E, aproximando-se Jesus, tocou-lhes, e disse: Levantai-vos, e não tenhais medo. E, erguendo eles os olhos, ninguém viram senão unicamente a Jesus. Mateus 16:27 - 17:8

Um dos grandes fundamentos do Caminho do discípulo é o da glória de Deus: sem glória excelsa, sem transcendência, sem certeza de que para além do imediato nos aguarda o que é pleno, total, e absoluto, nenhum discípulo terá o ânimo permanente e pela vida toda para o negar-se a si mesmo, para o tomar a sua cruz; nós somos alimentados pela glória. É por isso que Paulo diz em Romanos 05 que...

Justificados mediante a fé nós temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo a esta graça na qual estamos firmes e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus e não somente nisto, gloriamo-nos nas próprias tribulações sabendo que a tribulação produz paciência, a paciência experiência, e a experiência esperança.

Sem que o justificado se glorie na esperança da glória de Deus, ele jamais terá energia para se gloriar nas próprias tribulações. Quem não tem essa visão transcendente não terá o poder para viver as contingências do presente. Então é: eu sei quem tu és Jesus, e porque eu sei quem tu és eu decido ser como tu e seguir-te; e eu me alimento do fato de que eu seria um dia plenamente como tu és em glória. Por isso eu me aninho no chão da terra para fazer essa viagem.


Fonte: O Caminho do Discípulo
http://www.vemevetv.com.br


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Profetas de Cristo?

Se alguém não ouvir as minhas palavras, que o profeta falará em meu nome, eu mesmo lhe pedirei contas. Mas o profeta que ousar falar em meu nome alguma coisa que não lhe ordenei, ou que falar em nome de outros deuses, terá que ser morto". Mas vocês perguntem a si mesmos: "Como saberemos se uma mensagem não vem do Senhor? " Se o que o profeta proclamar em nome do Senhor não acontecer nem se cumprir, essa mensagem não vem do Senhor. Aquele profeta falou com presunção. Não tenham medo dele. Deuteronômio 18:20-22

Uma das principais diferenças dos falsos profetas antigos para os falsos profetas modernos, é que antes invocavam outros deuses descaradamente, usando outros nomes, com ritos semelhantes (um ótimo exemplo são os profetas de Baal)...

Hoje, a enganação é tanta que usam falsamente o nome do Deus verdadeiro, e fazem todo um ritual de aparências para se mostrar espiritual, e inventam terem ouvido a voz do Senhor, terem recebido revelações, terem tido visões que nunca se cumprem,
mentirosos hipócritas:

Um bom exemplo disso é um "pastor" em cima do púlpito depois da pregação, enumerar até quantas pessoas precisam de reconciliação e depois não aparecer aquela quantidade citada - que vacilo - somente quem está com os olhos totalmente cegos pelos rituais religiosos não consegue perceber a mentira dita em nome de Jesus!

Deus tá me mostrando 3 pessoas nessa noite! Depois aparecem uma apenas, ou 4, 5, que deus é esse mentiroso?

O Deus verdadeiro, criador de todas as coisas, aquele que enviou seu filho para nos salvar, esse Deus nunca mente - Ele não é homem para que minta! E o Senhor Jesus então, esse mesmo é a VERDADE encarnada como Ele mesmo disse - Eu sou a verdade!


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

O que a Bíblia diz Sobre: Línguas Estranhas

Recentemente presenciei um grande debate entre dois irmãos de uma denominação pentecostal, quase sai faísca, um dizia que há entre os "crentes" também a língua dos anjos, e que isso é um dom dado por Deus, outro questionava que se todos (que vivemos na mesma região) falamos o mesmo idioma, porque Deus iria colocar alguém para falar uma linguagem celestial?!
E assim prosseguiu a discussão, parece que todos discordaram daquele que dizia que tudo isso é mentira - e que as igrejas precisavam parar de ficar inventando mentiras - até oraram por esse irmão! Como se ele estivesse possuído por algum espírito de incredulidade, eu particularmente lembrei dos fariseus acusando o Senhor Jesus de possuir demônio, é triste, e chega até a ser cômico isso em alguns momentos, mas essa é nossa realidade.
Pesquisando na Bíblia encontrei várias passagens sobre o assunto, mas, quero deixar aqui um comentário desses versículos feito por outra pessoa, que não eu, e faço dessas as minhas palavras:

A história da "língua dos anjos" é uma das histórias mais mal contadas da cristandade. Depois que Deus causou a confusão de línguas em Babel, para que o homem parasse de se gloriar de sua própria capacidade, o pentecostalismo acabou emprestando a glossolalia, um fenômeno também tratado pela psiquiatria. E acabaram se gloriando justamente daquilo que Deus fez para que não se gloriarem: falar em muitas línguas.

Como consequência, em alguns grupos cristãos aqueles que "não conseguem" falar "línguas estranhas" ou a "língua dos anjos" são vistos como cristãos de segunda categoria, pessoas que não têm o Espírito Santo. Oras,"se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dEle"! Rm 8:9

Para entender a questão de línguas, é preciso voltarmos ao Éden. Lá havia uma língua só, e com ela encontramos Adão e Eva se comunicando entre si, e falando com Deus e com Satanás na forma de serpente. Deus e Satanás também se comunicavam com Adão e Eva de um modo que eles se entendiam, portanto não havia ali necessidade de intérpretes.

Depois de Babel as pessoas precisariam aprender diferentes línguas se quisessem se comunicar entre si. Mesmo assim o homem continuou se comunicando com Deus sem precisar de intérpretes. E Deus e os anjos continuaram falando aos homens em diversas ocasiões sem tradução simultânea. Ou seja, as diferentes línguas são um problema para quem vive no mundo material, não no espiritual. São um problema de comunicação entre homens, não entre o homem e Deus ou anjos.

No dia de Pentecostes Deus inverteu o que fez em Babel para mostrar que agora queria novamente que Seu povo pudesse se entender. Os discípulos, cheios do Espírito Santo, falaram em diferentes línguas, e judeus de várias nações os ouviram falar cada um em sua própria língua. Apesar de ter sido algo miraculoso, obviamente não há ali qualquer menção de um idioma angelical, pois fica claro tratar-se de idiomas humanos e há até uma lista das regiões onde esses idiomas eram falados. At 2

De onde então o pentecostalismo tirou essa ideia, de que alguém poderia falar a língua dos anjos? De 1 Co 13:1 "Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine". O problema é que Paulo não está dizendo ser capaz de falar a língua dos anjos. Ele está usando uma figura de linguagem e fica fácil entender isso se lermos os "ainda que" usados por ele no texto:

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos..."
"Ainda que tivesse o dom de profecia..."
"Ainda que conhecesse todos os mistérios e toda a ciência..."
"Ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse montes..."
"Ainda que distribuísse toda a minha fortuna para o sustento dos pobres..."
"Ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado..."

O foco de Paulo não está nas coisas que ele supostamente seria capaz de fazer, mas no fato de que de nada adiantaria fazer tudo isso se não tivesse amor. Ao focar na "língua dos anjos" o pentecostalismo perde o foco totalmente, como a criança que ganha um brinquedo de aniversário e prefere brincar com a caixa.

Se adotarmos o mesmo princípio usado pelo pentecostalismo para a interpretação do texto, seremos obrigados a admitir que Paulo era um super-herói digno dos gibis: Além de falar a língua dos anjos, ele era capaz de falar todas as línguas dos homens (6.912 idiomas já foram identificados até hoje), tinha o dom da profecia, conhecia todos os mistérios e toda a ciência, tinha fé capaz de transportar montes, era bilionário e filantropo e pretendia ser cremado, talvez ainda vivo.

Absurdo, não é mesmo? Eu também acho. Mas alguém poderá correr apontar outra passagem: 1 Co 14:2 "Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios". Bem, aqui não diz nada de língua dos anjos, mas de um idioma estrangeiro e desconhecido dos presentes.

Parafraseando o versículo, o sentido seria: "Porque o que fala chinês entre brasileiros, não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios". É óbvio que eu não entenderia um irmão da China orando em chinês ao meu lado, e teria de admitir que aquilo tudo é um mistério para mim e ele não está conversando comigo, mas com Deus.

A passagem continua com Paulo explicando que "o que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja". O que Paulo quer dizer? Que falar em um idioma estrangeiro e desconhecido aos outros é algo maravilhoso? Não! Ele está dizendo exatamente o contrário. É algo que chega a ser egoísta quando é feito na congregação, pois não edifica a ninguém senão ao que fala. Ele segue mostrando que profetizar, isto é, falar das coisas de Deus e da Sua Palavra em uma língua inteligível, é algo muito melhor e superior ao balbuciar extático numa língua estrangeira.

"A não ser que também interprete para que a igreja receba edificação",continua Paulo, mostrando a inutilidade de se falar em uma língua desconhecida entre irmãos sem um intérprete. Se você já participou de uma palestra em uma língua estrangeira que você não entende, vai reconhecer que foi pura perda de tempo. É por isso que Paulo continua falando da falta de proveito de se falar numa língua estrangeira que ninguém entende, chamando a isso até de um colóquio entre bárbaros! (1 Co 14:11). Você não iria querer ser um deles, não é mesmo? "Se eu ignorar o sentido da voz, serei bárbaro para aquele a quem falo, e o que fala será bárbaro para mim" 1 Co 14:11. Bárbaro aí tem o sentido de estrangeiro, não de selvagem.

Paulo termina com um golpe de misericórdia na questão, para deixar muito claro a bobagem daqueles que se gloriam em falar numa língua que ninguém entende: "Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos [sim, Paulo era poliglota porque estudou muitas línguas]. Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligência, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua desconhecida. Irmãos, não sejais meninos no entendimento" 1Co 14:18-20 Esta última expressão de Paulo em linguagem de hoje ficaria assim:"Ô, gente! Deixem de agir como crianças!"

Mas veja que em nenhum momento o assunto ali é alguma língua angelical, mas idiomas humanos. É preciso distorcer muito o texto para acreditar em outra coisa. Neste momento alguém irá querer correr para 2 Co 12:4: "Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar". Bem, se este versículo estiver falando de alguma língua angelical, então fica muito claro que o homem está proibido de falar palavras nessa tal língua: "ao homem não é lícito falar".

Será que deixei passar alguma passagem de uma suposta língua angelical? Talvez esta: Rom 8:26 "E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos". Bem, entendo que aqui não fala de uma língua, mas de intenções do Espírito em nós. E esses gemidos não são nossos, mas do Espírito.

Diante de tudo isso, eu perguntaria: Que vantagem alguém teria por falar uma língua de anjos? Primeiro, em nenhum lugar somos encorajados a nos comunicarmos com anjos, mas diretamente ao Pai e ao Filho. Perceba que nem mesmo encontramos alguém na Bíblia falando ao Espírito Santo em oração, mas apenas a Deus, o Pai, e a Jesus, o Filho.

Portanto, se já tenho acesso a Deus Pai e a Deus Filho para minhas petições, porque iria querer falar com anjos em um idioma que nem eu entenderia? Que utilidade isso teria para o anjo, encontrar um ser humano falando coisas que nem sabe o que significam? Se alguém pretende se comunicar dizendo coisas que não sabe o que significam, isso não seria comunicação coisa nenhuma. Qual a utilidade de falar uma língua que nem eu e nem ninguém entende, senão de querer me exibir? E se falasse a pretexto de falar com Deus ou com anjos, por que eu precisaria de tal idioma se nunca encontramos Deus ou os anjos falando com humanos em outra língua que não seja a da pessoa envolvida na conversa?

Mesmo que se alegasse a possibilidade de se falar uma língua dos anjos nessas manifestações de histeria coletiva que vemos em algumas igrejas pentecostais, ainda assim essas pessoas não estariam cumprindo a ordem clara que é dada na Palavra de Deus:
Se, porém, alguém falar em língua, devem falar dois, no máximo três, e alguém deve interpretar. Se não houver intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus. 1 Coríntios 14:27-28
Agora ninguém poderá dar a desculpa de que não viu estas instruções claras na Palavra de Deus. Mesmo assim, aposto um doce como na igreja onde você congrega todas estas regras são desrespeitadas quando começam a falar em línguas estranhas.


Por Mário Persona
Fonte: http://www.respondi.com.br




sábado, 17 de janeiro de 2015

Os Perdidos que Sabem ou Quase Sabem


Nas parábolas de Lucas 15 e 16 Jesus descreveu em cada uma delas muitos ângulos diferentes da condição humana em sua perdição, tanto quanto também expressou o modo redentivo do Pai agir em relação á alienação humana em cada um desses casos.

Inicialmente temos a Ovelha Perdida. É o ser humano que se atabalhoou no caminho e perdeu a direção, o sentido da vida; ou seja: o caminho do Pastor. Nesse caso, não se trata de rebeldia, mas de distração e tolice; o que frequentemente faz com que homens/ovelhas venham a alienar-se da vereda, do passo, do sentido do Evangelho, da obediência a Jesus; e, também, do vínculo fraterno/humano tão útil a manter-nos andando [...] tendo uns aos outros como admoestadores na caminhada. Trata-se, portanto, da distração que gera o desgarrar fraterno e a comunhão; e isso por razões diversas, muitas delas vinculadas à perda do foco em razão de relacionamentos sem vínculo com a fraternidade da fé; ou, também, pelo envolvimento excessivo com companhias que nos fazem abandonar o interesse pela Palavra e pela comunhão humana em torno da Palavra da fé.

Então, temos a Dracma Perdida. Em tal caso, na maioria das vezes, tem-se a alma humana que se perde em estado de alienação de si mesma, inconscientemente; posto que a dracma, pela sua própria natureza, tenha se “perdido dentro da casa”; e isto por não se conhecer, por não saber de si mesma... É o caso dos que têm grande valor pessoal, mas que desconhecem o significado de sua própria existência; os quais acabam ficando jogados dentro do ambiente familiar da fé, mas sem que se saiba de seu estado de perdição pessoal; e, semelhantemente à inconsciência da “dracma”, tal pessoa não se sabe perdida, posto que não reflita sobre seu próprio estado em razão da inconsciência espiritual. Em geral isto acontece muito com “crentes e seus filhos”; ou seja: com os que se habituaram à “religião como casa”; os quais, depois de um tempo, desaparecem em seu significado espiritual diante de Deus pela impressão de “pertencimento” ao ambiente da “casa”.

Tem-se, então, o Filho Pródigo. Ora, esse tal é aquele que se rebelou contra o amor do Pai, e julgou na sua adolescência espiritual que viver com o Pai é equivalente a “limites e castrações”. Trata-se daquele que se vai por deliberação, que se aliena com a sensação de esperteza, que se distancia a fim de “viver sua liberdade” como expressão de libertinagem contra o amor santo.

Depois aparece o Irmão Mais Velho. Sim, aquele perdido que pensa que está dentro da vontade de Deus pelos seus atos de obediência forçada e legalista, mas que nunca teve vida ou intimidade com o Pai; sendo ele próprio apenas um pecador que habita as proximidades [...], embora sua alma invejosa viaje longe do coração de Deus; ainda que, ele mesmo, jamais tenha a coragem de estabelecer o que habita seu coração como decisão de comportamento. Assim, torna-se magoado, judicioso e extremamente perdido do amor do Pai, especialmente pela sua raiva dos pecadores “sinceros na sua rebelião assumida”.

Por último, tem-se aquele que se dedica aos negócios do reino, mas que é Um Administrador Infiel. Estes equivalem aos pastores, sacerdotes e agentes supostamente explícitos do reino, mas que perderam a fidelidade, e, assim, tornaram-se ladrões e enganadores, fazendo do reino um “negócio” pessoal; e, portanto, explorando o povo e defraudando o Evangelho. Sim; são os pecadores malandros; os quais esquecem que haverá o dia do acerto de contas; embora, eles mesmos, pelo vício administrativo e mistrativo [...] pensem estarem para além do perigo, julgando que exista uma dependência de Deus em relação a eles [...] — portanto, criando tal engano em suas mentes uma espécie de permissão para o ágio, para o adicional de gestão, para a exploração como “direito”; até que chega dia...

Para cada um desses “perdidos” o tratamento de Deus é diferente.

A Ovelha Perdida é “procurada”, pois, perdeu-se pela tolice e pela imaturidade.

A Dracma Perdida precisa ser buscada, posto que não tenha autodeterminação para achar-se.

O Filho Pródigo tem que arrebentar-se antes de tudo [...]; pois, sem que sofra a falência, jamaiscairá em si e voltará; e mais: ele tem que voltar boa parte do caminho sozinho.

O Irmão Mais Velho poderá ser salvo pelo ciúme da Graça; sim, esta será a sua melhor chance; isso se ele aceitar seu estado de perdição [...] embora enganado pela falsa ideia da salvação como profissão e gestão espiritual, moral e legal. Do contrário, morrerá na casa do Pai sem conhecer a Sua Graça jamais.

O Administrador Infiel somente é salvo pela vergonha e pela possibilidade da revelação pública de seu estado de falsidade e infidelidade. São aqueles que somente são salvos pelo escândalo de suas vidas.

Concluo perguntando:

Quem é você em relação aos arquétipos acima mencionados?

A Ovelha Perdida se afastou alienadamente do caminho e o Filho Pródigo deliberou tal ato em estado de revolta.

Os demais [...], a Dracma, o Pródigo, o Irmão Mais Velho e o Administrador Infiel [...], não foram para “longe” de nada; perderam-se dentro da casa; sim, perderam-se sem expressão notória de seus estados de alienação.

É sutil assim o caminho da perdição de quem se julga “pertencendo”!

A Ovelha tinha Pastor...

A Dracma tinha uma dona que a ela atribuía grande valor [...], mas a Dracma existia em estado de inconsciência no ambiente de sua proprietária...

O Pródigo sabia que tinha um Pai bom...

O Mais Velho tinha Pai, mas vivia como um órfão amargurado...

O Administrador Infiel nunca fora a lugar algum, mas jamais se entregará fielmente a nada...

Assim, vemos que tolice/ingênua, alienação, rebeldia, raiva invejosa, malandragem e perspectiva de controle — habitam os casos clássicos de perdição da alma no ambiente do convívio com a Palavra e com o Santo.

Olhe para você mesmo e pergunte-se:
Quem sou eu?


Fonte: http://caiofabio.net




quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Cristo vive em você!

Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.
Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. Gálatas 2:20, 6:14

Fonte: vivaborboletando.blogspot.com


Assim como Cristo, o apóstolo Paulo gostava muito de falar através de figuras, símbolos, ou outros termos comparativos para facilitar o entendimento de quem o escutasse. 

A crucificação ao qual Paulo se refere aqui não é a literal, trata-se de uma figura (isto é evidente), e esta é usada para mostrar o quanto o apóstolo deixa de lado as próprias vontades para fazer a vontade de seu Senhor. Estar crucificado em Cristo e permitir que Ele viva em nossos membros mortais, é deixar que o seu caráter flua através de nosso corpo. 

Quando por causa d'Ele e como Ele me torno capaz de sentir misericórdia de alguém e estendê-lo a minha mão, é Cristo quem vive em mim, e por isso não tenho em que me gloriar, pois não sou eu quem o faço, mas Jesus vive em mim. Quando por causa do seu Espírito me torno capaz de perdoar alguém que me magoou profundamente, também não tenho de que me orgulhar, pois é Ele vivendo em mim. 

E assim eu creio, como o apóstolo João afirmou, Deus é amor, então todo gesto de carinho e misericórdia em relação ao meu próximo, por menor que seja é uma manifestação de Deus em minha vida, quem ama conhece a Deus e é nascido de Deus.